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domingo, 24 de outubro de 2010

Resultado - Bilbao Night Marathon

No meu relógio, 3h52m50s. Vamos ver nos resultados oficiais. De qualquer modo, baixei meu tempo. Correr a noite sempre foi mais facil pra mim, e se nao fosse uma maldita caimbra na panturrilha da perna direita, que me forcou diminuir o ritmo nos 10k finais, baixava tranquilo das 3h50. Coracao sobrando, o que faltou foi perna mesmo. Mas beleza!!!

Com mais calma e sem essa internet precaria, eu boto mais coisa aqui.

sábado, 16 de outubro de 2010

O corredor vaca

Mais um treino de final de semana no Ibirapuera e mais um tipo de corredor típico de parque aos finais de semana: o corredor vaca. Esse é aquele que corre com chave pendurada no calção ou no bolso e sai correndo como se fosse uma vaca com um guizo preso no pescoço. Ti-lim, ti-lim, ti-lim...

Isso não rola tanto na USP. Por que? Imagino que porque nos sabadões da USP, um percentual bem alto de corredores treina com assessoria e deixa a chave do carro com os treinadores. Aliás, a chave do carro, por si só, faz menos barulho porque é revestida de plástico ou borracha na cabeça, o que nem sempre acontece com chgaves comuns. E na USP, quem não treina com assessoria, costuma ser corredores mais experientes, que já arranjaram algum jeito de acomodar chaves de uma forma não barulhenta, seja usando pochetes, seja carregando o mínimo necessário.

Já no Ibirapuera, parque muito central, onde muita gente mora perto e onde muita gente vai correr recreativamente só aos finais de semana, é normal ver o corredor-vaca. É o cara que mora lá perto e vem correndo de casa, é o cara que corre de vez em quando e nunca se preocupou em comprar um porta-chaves uma pochete ou algo do tipo... muitos dos corredores-vacas fazem biquinho pra expirar também. E invariavalmente são corredores que trotam ou correm devagar, já que a corrida é um lazer e não um fim em si. 

E eu, que fiquei um bom tempo travado atrás de um rebanho de corredores-vacas na volta da cerca, treinei mal pra burro hoje. Não sei porque, talvez por conta da umidade elevada e a temperatura mais quente do que em outros dias, já comecei correndo a 5min30/km, um ritmo absolutamente confortável para mim, a 165 bpm! 15 a mais do que a minha média... lógico que com isso acabei cansando rapidamente. Aliás, mesmo a 5min30/km, tava meio esquisito, pesado... acontece! Outro problema é o fato de eu estar começando a usar um tênis novo, já que o Saucony dos longos já tava empacotado na mala para a viagem de hoje. O Nike Structure Triax, muito novinho, começou a me incomodar nas pisadas, especialmente no pé esquerdo. Estranho, porque já é o meu quarto modelo desse tênis e ele sempre foi um calçado que se adaptava instantaneamente ao meu pé. Não sei se mudou alguma coisa de uma série para a outra (esse é o 11), mas não ficou legal nesse treino. Junta tudo e dos 18km previstos, rodei só 14km, 1h19 mais ou menos. Ritmo de uns 5min40/km, muito mais pelo começo que foi mais forte, do que o final, onde 6min/km já tava difícil....

Desconto que no último longão rodei 06km a mais. Treino bom, treino ruim... bom, o próximo longo é a própria Maratona de Bilbao. Depois de treino ruim vem treino bom, né? Tomara... vou pra prova sem muita expectativa. Simplesmente vou correr e ver o que acontece. Se estiver bem, marco o ritmo e vejo no que vai dar. Afinal, ainda estou num ano tranquilo, recuperação de 2009 que foi muito puxado. Será só a terceira prova longa do ano, então tô bem menos acelerado do que no ano passado.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Irritando Ricardo Nishi

Ok, um quadro pra Fernanda Young. Você, a contragosto, está como chefe de uma repartição pública. No exato momento em que pensa em ir embora, treinar, aparece a funcionária da sala e pede um minutinho. Urbanamente, você, o chefe, dá o minutinho para ela, esperando alguma dúvida rápida sobre trabalho. E aí a infeliz desanda a fofocar sobre a vida dela e dos outros funcionários. Dramas de enorme expressividade, como a porcaria do xerox que foi indevidamente tirado pelas estagiárias e não pode ser pago, ou o gasto de papel em virtude da demanda da sala. Lógico que esses dramas são entremeados de modestas críticas contra quem sugeriu, com ares de certeza, que o problema do xerox era da funcionária que vos falava. Ou de sentida indignação contra o fato de uma outra funcionária ter pego o serviço que era dela para fazer. 

Nada mais comovente e tocante do que esses dramas da vida urbana em uma repartição pública. Como chefe, eu deveria tomar uma atitude naquele momento para resolver de-fi-ni-ti-va-men-te o problema do xerox de R$ 1,05. Mas confesso: eu me acovardei, pensando só que se eu desse mais corda acabo gerando outras fontes de desabafo. Portanto, péssimo chefe que sou, fiz cara de árvore, escutei aquilo atentamente como um esquilo escutaria um cântico gregoriano em jogral, e me mandei. Obviamente, atrasado pro treino. Que foi uma merda porque senti uma dorzinha na lateral do joelho, a famosa banda ileotibial. Entre tiros e subtiros, rodei tiros de 1,5k em fartlek em 6min33s, 6min24s e 6min53s, entremeados por tiros leves de 1k. No total 8,5km. Estreando um Nike Structure Triax.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Biquinho. Fu-fuuuuu...

Eu falei no post anterior que ia fazer o longo de 18k nessa terça, mas olhei errado na planilha. O longo era de 24k, na verdade. Nenhum bicho de 7 cabeças numa situação comum, mas considerando o que eu passei mal na semana passada, faltava um treino de verdade pra sentir o corpo. 

Feriadão que amanheceu com sol e frio. Prometia ser um bom dia, tirando o fato de eu estar meio "quadrado". Não posso comer pizza no dia anterior ao longo, especialmente acompanhado de cerveja. Mas se eu estou falando isso é porque, obviamente, foi o que aconteceu. De qualquer modo, tava precisando correr, então às 7 da matina de um feriado tava eu lá, no Ibira, pronto pra rodar os 24k. O treino, apesar de eu não estar me sentindo livre e solto, foi redondo. Sem forçar muito, rodei pra 2h12, no ritmo de maratona, 5min31/km. Só que no final do treino já estava difícil correr. Não tanto por cansaço (apesar de estar um pouquinho cansado, sim), mas pelo trânsito no parque. Afinal, já era umas 9 e meia da manhã e o Parque lotaaaado!!

Mas terminei meu treino bem, com o cansaço natural de um longo, mas sabendo que não vou ficar dolorido nem nada. Liguei para a Alessandra, que havia se manifestado sobre a vontade de dar uma rodadinha no parque SE fizesse sol e SE estivesse com vontade, e, felizmente ou infelizmente, ela topou. Só que tinha acabado de acordar. Resultado: fiquei mais de uma hora com a camiseta molhada, passando frio, esperando-a... 

E nesse tempo todo parado, sem fazer nada é que pude reparar no título do post. Previsivelmente, num feriado de manhã, a imensa maioria dos corredores no parque é dos corredores eventuais, um pessoal que de vez em quando vai ao Parque, dá uma ou duas voltas e já se sente um queniano. Invariavelmente correm num ritmo bastante lento, numa atecnia total de corrida, com uns tênis de academia ou de futebol de salão ou sei lá mais o que e, principalmente, respirando fazendo bi-qui-nho!! Não é um biquinho de quem fala francês ou vai dar um beijo, mas um biquinho de quem solta o ar fazendo barulho. Fu-fuuuu, plec-plec, fu-fuuuu, plec-plec. É um ritmo constante, consistente e lento, como uma verdadeira dança dos corredores. Passa um aqui, outra ali, todo mundo assim... gordinhos, senhoras, minas de academia, molecões que querem ganhar um fôlego instantâneo pro futebol, todo mundo no fu-fuuuuu...

Bom, depois de uma hora, apareceu minha personal biquenta e lá fui para acompanhá-la em mais 6k a ritmo de trote e mais fu-fuuus... 

De qualquer forma, acabei rodando 24k a sério e 06k fufuzando-trotando (49 minutos!!). Não posso dizer que foi fácil porque depois de uma hora parado o corpo já tava todo travado. Além disso a endorfina já tinha ido embora e as malditas bolhas que apareceram no pé doíam pra valer. Mas posso contabilizar 30k efetivados, de Saucony Glide, e a certeza de que estou suficientemente preparado para correr Bilbao sem maiores sufocos.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Finding my way

O estômago finalmente melhorou, mas o quanto perdi nesses 4, 5 dias de inatividade forçada e alimentação quase nula? E o longão de sábado, que deixei de fazer? É ao som do Rush ainda ressoando nos meus tímpanos que vou tentar refazer meu caminho nesse polimento pra Bilbao.

No domingão resolvi trotar no parque, só pra testar o organismo em uma situação de balanço. Já me sentia melhor, mas não sabia se ia dar algum revertério ou coisa do tipo. Até levei a pacer Alessandra pra isso. Foi melhor do que eu esperava. Seguindo no ritmo da Alessandra, fiz 06km em inenarráveis 50min!! Nem suei. Confesso que foi difícil seguir num ritmo tão lento, mas tudo bem. E para ter a noção exata entre uma pessoa não-acostumada a correr (embora esteja em razoável forma física, faz academia, etc) e alguém como eu, que não é nada de mais em termos de performance, mas que corre bastante, foi só ver o final do treininho: ela tava esgotada, com bolha no pé, vermelha, arfando, teve que caminhar durante o percurso, e eu nem senti os batimentos subirem. Sinceramente, não senti sequer um suorzinho no corpo! Ótimo, serviu para tirar as teias de aranha das articulações e ver que balançando no trote da corrida o estômago não doeu.

E hoje, o teste B, que foi a série nova de musculação. Tudo bem também. Voltando às séries curtas e intensas, que não causam dano muscular, até arrisquei um agachamento com mais peso (95kg nas costas, mas dava pra chegar a 100kg), entre outras séries. E o longão de 18km do sábado eu passo para o feriadão de amanhã.

sábado, 9 de outubro de 2010

"Oses"

Depois da saga das "ites" (tendinites, canelites), agora enfrento as "oses" (viroses e bacterioses), que me jogaram, literalmente, na cama.

Desde quarta-feira tenho me arrastado pelos cantos. Febre e piriri no primeiro dia, dores intermitentes no estômago desde quinta. Duas passagens pelo pronto-socorro e o mesmo diagnóstico: ou é rotavírus (se a febre for baixa e permanente) ou é alimentação estragada. Parece a segunda opção, já que a febre passou rápido. E duas vezes seguidas, o mesmo tratamento paliativo: buscopan IV e luftal.

Quando isso vai passar? Estou com o saco cheio de me sentir mal. A barriga tá estufada, parece um balão de hélio, e as contrações que me doem o estômago me tiram do ar por alguns minutos. Lógico que não dá pra treinar, não dá pra correr, nem daria pra trabalhar, mas aí quem me paga?

A única coisa que se salvou nesses últimos dias foi o show do Rush. Mesmo mal desse jeito me arrisquei a ir. E foi legal demais!! O Morumbi estava relativamente tranquilo, sem tumulto, só aquela massa de fãs, na sua maior parte nerdões de 30/40 anos que nem eu. Potencial de baderna quase zero. No estádio entramos por um portão VIP, embora nossos ingressos não fossem VIP (cadeira inferior A) nem nada. Lugar não foi difícil achar, e o sho começou pontualmente às 21h30!! E que show!! O Rush (ou como nós pronuciamos nos nossos berros desesperados de fãs alucinados, "hush") continua impressionante. Semana passada eu assisti o DVD "Beyond the lighted stage", documentário da banda, pela segunda vez e me convenci definitivamente de que essa não é uma banda para todos, mas é a MINHA banda!!

Não por acaso, o estômago não doeu durante o show. E choveu de madrugada, mas só depois de a gente entrar no carro. Sexta-feira mágica!!!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

A referência!!

Já me falaram que eu só falo da Grazi aqui, então mais um post com ela! Nada mais natural, afinal, nos treinos de terça e quinta, quando se dividem os treinos por turmas eu já sei que tô ferrado. Fulano e cicrano fazem isso, A e B fazem aquilo... e sempre sobra pro Nishi fazer o mesmo treino que a Grazi. E aí, toca a tentar acompanhar a moça!

Hoje, só pra variar um pouco, todo mundo fazendo volta de 1km rápida e 1,5km lenta e eu e a Grazi fazendo invertido: 1,5km rápido e 1k mais lento, "descansando". Fartlek, sem pausa de descanso, 4 séries desses 2,5k e uma perspectiva de sofrimento, ainda mais com os meus glúteos detonados da musculação de ontem.

O problema é que a Grazi corre mais do que eu. Mas não muito mais, a ponto de me deixar comendo poeira logo e eu desistir de acompanhá-la. Na verdade, nos tiros de velocidade pura eu até sou mais rápido. Mas no ritmo ela é mais forte. E eu acabo tentando acompanhar. E me ferro. Mas isso me empurra a algum patamar entre a dor extrema, a falta completa de ar, a vontade de vomitar e uma melhoria no meu condicionamento. Pelo menos eu tenho que acreditar nisso, né?

Bom, vamos aos tempos: 1ª série, 1,5k em 6m41, 1k em 5m10, total de 11m51; 2ª com 6m35 e 5m00, total de 11m35; 3ª com 6m49 e 5m11, total de 12m00. E 4ª e última, com 6m53 e 4m57, total de 11m50. 10k total em 47m16. Ok, a voltinha de 1k não tem exatamente 1k (950m), por isso não dá pra dizer que eu baixei meu tempo de 10k, mas foi bem perto...

 Com o aquecimento, mais 11k pra conta. Hoje foi de Nike Structure Triax velhão. Mas confortável, ainda.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Musculasidão

Tô eu lá meio sem vontade, na academia, meio que obrigado a fazer aquela série dolorida de musculação, só pensando nas dores musculares posteriores quando vejo, num canto, fazendo uma bike ergométrica sem-vergonha, ele, a lenda baiana da Trilopez, o segundo melhor ciclista baiano da equipe (perde pro irmão), Sidão!! Porra, o cara tá treinando na mesma academia que eu faz dois meses e nem me avisa!!

Sidão é um dos golden runners que carregaram o Noneto de Ouro nos nossos dois pódiuns em Bertioga-Maresias. Bons tempos em que ele corria, porque agora só quer saber de bike, diz que correr machuca...

Pior é aguentar o professor da academia, o Wagnão, me pedindo pra eu falar com ele pra ele ir treinar mais, já que ele só aparece muito de vez em quando... daqui a pouco, tá o próprio Sidão falando comigo, reclamando que os caras da musculação acham que a gente só faz aquilo da vida. Tenho que dar razão pro Sidão. Duas vezes por semana na academia já é muito, o treino é só acessório, nosso negócio é endurance! Mas se a Ellen Roche aparecer mais vezes por lá...


domingo, 3 de outubro de 2010

Votação

Nesse 03 de outubro, ao acordar, eu tinha duas opções: ficar jogado no sofá assistindo televisão ou ir correr. Votei por ir correr, elegi o meu corpo e minha saúde e espero ter 2º, 3º, 4º e vários outros turnos na minha vida. Esse é o tipo de eleição que eu gosto.

Teclei o 14 (km), apertei o botãozinho de confimar (no Garmin) e depois de uma hora e vinte e quatro minutos escutei o som da confirmação (com pace tranquilo de 06min/km). No caminho do sufrágio, após 1km rodando no Ibira, encontrei o Diego, a Jeane, o Ricardo Carvalho e o Renato Isidoro, rodando, conversando, e segui a toada deles, leve e tranquilo, acompanhado do meu cabo eleitoral Saucony Glide.

E desse jeito espero o melhor para o meu país.

sábado, 2 de outubro de 2010

Teste de 5.24k

Sabadão, dia de teste de 5k na Trilopez. 5k, não, 5.24k, já que o teste seria feito no "zerinho" do Villa-Lobos, que tem mais ou menos 580m. Os 5.24k foi a distância que eu registrei em 9 voltas nesse círculo medonho de concreto, onde dividimos algum espaço com patinadores. Mas esse incômodo dividir pista com patinadores não durou muito porque: a) chegamos cedo; b) choveu; c) eu pedi mentalmente que eles saíssem da pista para não nos atrapalhar. Aparentemente as duas primeiras assertivas foram determinantes para isso.

O fato é que eu faço esses testes meio a contragosto porque não gosto de correr 5k no pau. Não me sinto confortável, não gosto de correr com o coração na boca. Mas sei que esse é o tipo de treino que te expande os limiares, te dá velocidade para fazer o ritmo confortável de longos mais rápido e que ainda ajuda a dar uma medida de seu estágio de condicionamento.

Pois bem, os 5.24k saíram a 23m51, com um pace de 4m33/km. O clima tava razoável pra correr. Embora estivesse nublado e bom (só choveu depois do teste), tinha muito vento contra na metade final de cada volta. Como sempre, o vento a favor a gente não sente muito, mas o vento contra....

As parciais dos quilômetros
1ºk - 4m39s42
2ºk - 4m31s77
3ºk - 4m30s14
4ºk - 4m35s51
5ºk - 4m32s71 (5k em 22m49)
0.24k - 1m01s62 (4m19/km)
Depois disso rodei mais meia-horinha em ritmo lento, conversando com o Jacó e com o Isidoro, que começava a testar o seu mindinho pós-fratura. Apesar de ter ficado um mês sem poder correr, ainda há esperança de conseguir fazer a Maratona de Buenos Aires, já que vinha muito bem nos treinos e ainda conseguiu manter outros tipos de estímulo aeróbico para não perder tanto a forma.

Assim, no total, contabilizo 10k com o meu Saucony Glide.