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domingo, 23 de dezembro de 2012

Os treinos do fim do mundo

É o fim do mundo treinar desse jeito. Gordo, suarento, cansado, embuchado. Mas fui, até porque imagino que pra subir pro Paraíso tem uma escadona enorme e neste ano eu não treinei pra Corrida Vertical.
No 11 e 13 de dezembro, treinos rodados, de 50 minutos, invariavelmente com 09 km cada um. Na terça fui de Asics GT-2160 e pesou pra cacete. Na quinta fui de Nike Free e tudo melhorou, exceto a sujeira no tênis por causa da chuvona que deu. Não fiz longo algum no sábado por causa da concentração pelo Corinthians (apesar de ter pintado uma sala na casa da prima) e no domingão, já com o Timão BiMundial, rodei uns 7km na pracinha perto de casa, treino interrompido bruscamente por necessidades fisiológicas. Oras, encheu a cara de manhã assistindo o jogo e ainda quer ficar inteirinho pra treinar à tarde. Tenha dó...
Na terça 18, tive o prazer de treinar finalmente com a Pati animal e com o Borges, dois ex-atletas da são franciscos e etíopes por afinidade. Apesar de estar há mais de meia década sem correr, a Pati deu trabalho e nos acompanhou firme no intervalado 1 por 1. Já o Borges, mesmo em recuperação de uma cirurgia, me detonou. Não dá pra acompanhar na velocidade um cara que tem 37 nos 10k e que sempre foi atleta de 1.500m. Ainda mais estreando tênis novo (o Asics Neo 33). Não sobrou nem o pó da rabiola, sofri como um condenado. Mas foi bacana correr com as estrelas. No final, uns 09km. No começo estranhei muito o tênis, ele não é tão leve como o Mizuno LSD ou Nike Free, mas no final ele começou a ficar mais confortável no pé.
Na quinta pós-hambúrguer de 450g, o treino foi rolando... nem sei como tive coragem de correr daquele jeito. Foram 7km sofridíssimos em uns 40 minutos, de Nike Free.

O problema é que o mundo não acabou na sexta (parece que adiaram pro dia 09 de janeiro, algum problema no orçamento ou coisa do tipo) e tive que ir na USP treinar no sábado. E lá, ao invés de treino, teve gincana, que o Diego resolveu chamar, de forma chique, de "urban challenge". Ok, vá lá, vários quartetos de 5 pessoas e o nosso foi o 4º colocado, o que não significou absolutamente nada, exceto a zoação de fazer parte de uma equipe com o Brunetti, Navarro e a Lenise. Mas pode por 10km na conta aí, com o meu Asics Neo33.
E no domingão teve o treino de Natal organizado pelo Antonio Collucci, no antigo percurso da corrida do dia 31 de dezembro cujo nome a gente não pode falar sob risco de ser processado. Segundo o Garmin do Marcel e da Yeda, com quem corri o percurso inteiro, deu 16km, já que saímos do prédio da Gazeta e chegamos no MASP, correndo um pouco mais na Paulista. Foi legal, reuniu bastante gente e indo num ritmozinho tranquilo não cansou quase nada (Nike Free)



domingo, 9 de dezembro de 2012

Circuito dos Shoppings - Mooca Plaza Shopping 2012

Alguns de nós ganharam inscrição para fazer a corrida de inauguração do Circuito dos Shoppings BRMalls, que rolaria no Mooca Plaza Shopping. Sinceramente eu nem sabia que existia um shopping ali... ainda mais daquele tamanho. E aparentemente um belo shopping, moderno, bonito, com boas lojas e uma unidade do KFC, o frango mais calórico da humanidade. Gostava tanto do KFC que o meu campeonato de kart tinha esse nome...
 
Enfim, o fato é que iríamos correr 10 km por lá. Com direito a tenda VIP. Vários prêmios sorteados. E numa prova tranquila, sem ser lotada, mas sem ser vazia, o que tiraria a graça de uma provinha de 10km. Espero sucesso para os organizadores.
 
 
Como foi uma prova meio extra-calendário, não planejada, tava todo mundo meio correndo pra fazer número. Em plena forma, ali, só a Dalvinha e a Tereza. Fê Caiafa e Edith, de ressaca, eram o contraponto. Paulinho Elias eCarol tranquilos. Renato e Du Troise correndo "em casa". Nélson naquela empolgação de iniciante. E a Manu se coçando toda por ter pisado num formigueiro no dia anterior, na Integração Trilopez...
 
Eu? Bom, além de ter mandado um X-Bacon e um bauru especial, acompanhados de uma mega porção de Onion rings com maionese no Osnir, faz tempo que eu tô só na manutenção depois do desgaste de Buenos Aires. Pelo menos não tava quente, ensolarado. Só meio abafado, por causa da umidade excessiva.
 
Saí forte. Tão forte que a Edith reclamou que eu a quebrei. Mas o meu "forte" resultou, no primeiro quilômetro, num pace de... 5min/km! Oras... aquele esforço todo pra isso? No 2º km, a "quebrada" Edith me passou, mas realmente não abriu muito. No 5º km quem me passou foi a Dalva que quase pegou a Edith no final. A corrida era meio bizarra, a gente corria mais de um quilômetro num circuito intestino delgado dentro do estacionamento do shopping. Depois saía para as ruas da região, um lugar de velhas fàbricas e galpões, muitos desativados, e testemunhas da história do desenvolvimento paulistano do final do século XIX e início do século XX. Por fim, voltávamos ao vai-e-vem do estacionamento, num percurso plano e até rápido, embora com alguns cotovelos.
 
Como o número de corredores era pequeno, não rolava tumulto nos cotovelos e nem nos postos de água. Encontrei a Estelinha entre os líderes da prova, nos retornos, mas no km 07 uma pequena decepção. Ela tinha desistido, do lado da ambulância. Depois me contou que sentiu uma dorzinha num gânglio inflamado. Uma pena, premiação e pódio eram fáceis para ela, especialmente depois que vimos os tempos dos campeões. Encontrei também o Vicent Sobrinho, cobrindo a prova, correndo 5km de recuperação de suas lesões em sequência, e que teve a sorte de encontrar um pessoal correndo com a camiseta do Édson Bergara, como se fossem um Bergara team. Vamos ver o que rola na próxima matéria dele.
 
Enfim, fechei com 50 minutos cravados, acho (Mizuno LSD). Como o meu chip estourou no 3ºkm, tive que correr com ele na mão e passar abaixando nos postos de medição e controle (aliás, vários durante a prova, muito bom o controle). Algumas pessoas reclamaram que a prova tinha mais que 10km no GPS, mas com tanto cotovelo dentro do estacionamento, acho natural que tenha dado um pouco mais na distância medida. Além disso, era uma prova aferida pela Federação, como fizeram questão de frisar.
 
Ano fechado, última prova antes do fim do mundo!

Integração Trilopez 2012

Mais uma corridinha de final de ano, mais um 4,6km ao redor da raia, mais shows do ICC (vai criançada!!) e, como sempre, calor, muito calor. Micagens do MC Diego Lopez. Conversinhas com os amigos. E o percurso feito em 25min20s. Sem forçar, forcei pra caramba por causa do calor, acompanhando o Fred e o Alê e, no final, a Duma puxando o Gaspa. Ser pacer de cachorro não rola todo dia.
 
E neste ano nem cheguei perto do pódio do Volta ao Mundo Trilopez. Afinal foi só uma maratona, duas meias oficiais e duas provas com distância próxima da meia (Ponte Rio-Niterói e Green Race). Os 100km não completados da Mont Blanc fizeram falta.

O início do fim

Inicia-se o fim do ano. O fim da era. E o aclamado fim do mundo. A poucos dias desse evento que promete ser inesquecível - se é que vai existir alguém para não esquecer - a gente continua treinando pra chegar nesse fim com alguma forma.
 
No primeiro dia de dezembro, o sabadão de longo teve uns 16k (Mizuno LSD). Rodei leve os 10 primeiros km com o Brunetti, conversando sobre a vida, e depois parti para uma voltinha de 6k um pouquinho mais forte. No final da volta encontro o Chemmer e o Gregory, para me acelerarem ainda mais o ritmo e me fazer terminar meio morto. Mesmo assim, o tempo final de 1h40 não foi nada marcante. Nem precisava.
 
Na semana, umas rodagens tranquilas. Na terça um 09km fartlekado com bastante variação de ritmo acompanhado do Ronaldo e do Neto (Asics GT 2160), em 50min. Na quinta, um dia extremamente quente, um rodadão de 50 minutos com rampa da Bienal, sofrendo tentando acompanhar o Orlandini nos mais ou menos 09km que durou essa suadeira (Nike Free).
 
Vai ser o fim do mundo se eu chegar nele em forma...

sábado, 1 de dezembro de 2012

Resumo do mês - Novembro/2012

101,5 km em 11 treinos e 19km em uma prova (Green Race)
Total: 120,5km
1 série de musculação

Green Race. Red Card

A Green Race é uma prova legal, feita nas estradas de terra da Serra do Japi, com uma boa variação altimétrica, terreno estável, e bem corrível. Não tem trechos muito técnicos e mesmo tendo chovido no dia anterior, os pontos de lama eram mínimos e facilmente superáveis. Além disso, por ser em estradas de terra e não em trilhas single track, não há muita dificuldade com trânsito, filas etc. Uma prova interessante, que ainda contava com distâncias de 5k, 10k, 46k (vendido como 50k) e os revezamentos em dupla e quarteto. Por tais características, tinha tudo pra dar certo. Pena que foi organizada por uma desorganizadora.

No ano passado, organizada só pela Brasil Wild-Sul Brasilis quando fiz os 10k, achei meio fraco o transporte entre a chegada dos 10k e a base. Também achei ruim o fato de ter uma ambulância se deslocando para essa chegada (que também é o PC1 para a troca do revezamento) no meio dos corredores, especialmente pelo fato de eu ter ficado atrás dela o tempo inteiro, já que a desgraça seguia no meu ritmo de 6min/km. Respirei mais óleo diesel queimado do que num congestionamento da Avenida do Estado.

Neste ano a organização da prova foi passada para a Iguana Sports. Isso, em tese, poderia significar uma melhora. Na prática foi um show de horrores. Na retirada dos kits, a primeira bizarrice. Fui retirar os kits para a dupla e eles interpretaram como se o Fê fosse uma dupla e eu outra dupla. Duas duplas de um. Kits duplicados, números idem. Deu trabalho, mas consegui explicar que mesmo estando gordinho eu não era uma dupla. 


Lá, tudo tranquilo no começo. Bastante gente da Trilopez, amigos como o Herivelto, Frotinha, Marcel, Estelinha, Douglas, Antonio Colucci... ao mesmo tempo não tinha tanta gente para a fazer a prova. Um clima bastante gostoso. Aliás, o clima estava mesmo gostoso pra correr, sem sol, sem chuva, nublado, sem calor... largada dada, as várias duplas da Trilopez rumaram para o PC2, que ficava mais ou menos  no km 19 (e também km 27, já que ali o pessoal passaria na ida e na volta), ainda que as placas ali não indicasse a quilometragem correta (20º e 30ºkm). Nesse PC2 o pessoal do revezamento em quarteto faria uma troca e o pessoal das duplas pegaria uma van para nos levar até o PC-Antena, lá no alto do morro, onde seria feita a troca no km 23,5.




Chegamos lá e não tinha transporte. Tinha apenas um caminhão do exército. Fomos nele mesmo, no melhor estilo pau-de-arara. Vrum pra lá, vrum pra cá, sobe, para, desce, sobe, vrum e, depois de algum tempo chegamos... no mesmo PC2! O caminhão não conseguiu subir com todo mundo para o PC-Antena e este deixou de existir. E como fazer com as duplas?

Debate aqui, debate ali, as duas primeira duplas já tinham chegado e adotado soluções diferentes quando decidiram que ficaria a critério da dupla a forma de troca. O corredor 1 poderia revezar ali na "ida" (hipótese em que faria só 19km), ou seguiria, subiria o morro, desceria dando a volta e trocaria ali só na "volta (hipótese em que faria 27 km). O problema era explicar a estratégia pra esse corredor 1, que vinha na pegada e nada sabia sobre o perrengue. 

O Gabriel foi o primeiro da Trilopez a chegar e continuou. Se ferrou, quebrou, perdeu a grande vantagem que tinha aberto em relação aos outros, mas era a opção certa, já que é mais rápido e forte que a Dalva. O Diego não quis saber: chegou e já entregou pro Paulinho Lacerda. Paulo Elias chegou e continuou, deixando pro Greif a tarefa de voar na volta. Quando o Fê Caiafa chegou eu até tentei explicar pra ele, mas ele não entendeu porra nenhuma e continuou, pra azar dele (e sorte minha). O Luiz Giovani chegou e trocou com o Orlandini, que é mais forte mesmo. E, por fim, a Rosi chegou e continuou, deixando pra Paty a volta mais curta e rápida, e quase morrendo na antena...

Apesar dos pesares, o PC tava divertido. Encontrei lá a Sibila Antoniazzi, com quem fiz a Mont Blanc (ambos desistimos no meio), Vera Saporito, etc. O PC foi organizado pelos corredores, já que estava uma zona, sem nenhum staff exceto o exército, naquela altura mais preocupado em dar apoio aos dois quartetos que corriam a prova. Ali vimos também a Edith voando, em 1º lugar no solo feminino e numa performance monstro, na frente do Togumi, por exemplo!! Pena que depois ela quebraria... (como o próprio Togumi, mostrando que o morro da antena realmente não era fácil!!)

A estratégia da dupla Diego e Paulinho Lacerda foi boa. Eles passaram todo mundo e chegaram em 3º no geral e em 1º nas duplas. O Fê chegou praticamente morto, se jogou no chão e passou a bola pra mim, que fui fazer uma graça na primeira subida após o PC, sprintei à vista de todo mundo e quebrei pro resto da prova... mesmo assim, correndo forte nas descidas e administrando as subidas, passei um bocado de gente e cheguei com 1h54 para os meus 19km e 4h59 para a dupla, na 11ª posição.

Pros Xabirongos, quarteto do Frotinha, Marcel, Estelinha e uma outra garota, também deu pódio. 3º lugar, atrás dos quartetos do Exército. Sem questionar a perfomance atlética deles, mas esses dois quartetos atuaram com o batalhão inteiro de staff, inclusive para passar pelos PCs com apoio dos colegas. Estranho, exagerado e quase ultrapassando a barreira do que pode e do que não pode. 


Quando chamaram as duplas para premiação, cadê Diego e Paulo Lacerda? No bar bebendo? Jogando sinuca? Troca-troca no banheiro? Sumiram. E eu e o Paulinho Elias subimos no lugar mais alto do pódio, representando a Trilopez...


Reparem que estamos segurando um único troféu. Era para ser um para cada membro da dupla, mas houve um "probleminha"... pior foi para outras categorias. O quarteto feminino (em 2º) não teve troféus lá!  Idem para o solo feminino (Edith em 3º). E a dupla Rosi e Paty, que nem medalhas de participação receberam!! Tudo pelo Correio depois, mas lógico que não é a mesma coisa.

Mais tarde soube ainda de outra merda que rolou. O Douglas e a mulher, se preparando para a BR 135, se inscreveram na Green Race com o objetivo de rodar no limite do tempo estipulado no regulamento, 09 horas de prova. Isso significou que ficaram para trás, foram os últimos. Até aí, nenhum problema. O problema foi que apesar de estarem no tempo do regulamento, o que sobrou para eles nos PCs, nos postos de apoio, hidratação era... nada!! À medida que o tempo ia passando, eles passavam pelos locais onde deveria haver algum apoio, alguma coisa e tudo já tinha sido desmontado. E na chegada, com 08h55 eles encontraram um pórtico desmontado, uns poucos caras terminando de desmontar a estrutura... encerraram tudo antes do tempo previsto e ainda com eles na prova!! A vontade de ir embora era maior do que a vontade de respeitar o regulamento e as pessoas que ainda estavam na estrada!

Cartão Vermelho pra Green Race!!

Começando a terminar

O ano começa a terminar. Novembro é o último mês antes do último mês e esse é um fenômeno que ocorre ano após ano, sem falhas. Mas mais importante, novembro promete ser o último mês completo da história, já que todos nós sabemos que o fim do mundo ocorrerá em 21 de dezembro de 2012. 

Mesmo assim, estranhamente continuo treinando pro ano que vem, pensando na busca dos pontos que me qualificarão novamente para correr a UTMB, na categoria CCC. Nesse espírito e um pouco também pensando na Green Race, prova em que em um momento de insanidade resolvi fazer em dupla com o Psor. Fê Caiafa, me ativei um pouco. Lá vai o relatório:

Sabadão de mega feriadão, 20 km na USP, rodando em ritmo normal, sem fazer muita força, iniciando um pouco mais leve com o Brunetti e depois dando uma aceleradinha. Foram 3 bosques das Física, 3 subidas da Física e 3 Biologias pra tentar pegar algum treino pros morros da Serra do Japi, em 1h55, com o Mizuno LSD. Terça de mega feriado da consciência negra e da quase inconsciência amarela, já que quase apaguei de tanta força que fiz. Tiros, tiros curtíssimos em subida e descida na rampa do banheiro do Ibira e, depois, tiros de 650m entremeados de educativos. Foi de doer mesmo. Estimo uma quilometragem baixa, de no máximo 5k, com o Nike Free. Mas foi tão complicado que fiquei dolorido o resto da semana e só voltei a correr na Green Race, no domingo.

Pós Green Race tive uma terça de rodagem com a Paty (8,5km, Mizuno LSD) e uma quinta de rodagem com a Edith (9km, Nike Free), ambas de 50 minutos, ambas muito bem acompanhado, mas ambas meio torto por causa da prova. E assim se finda novembro!