Pós-treino de sábado doloroso, cansaço geral, desânimo e eu pensando à noite: será que eu vou pra Itu fazer o Ravelli? Pô, primeira prova de MTB e eu em condições lastimáveis. Mas uma noitezinha de sono bastou pra acordar muito mais bem disposto, embora longe de estar 100%. E ainda tinha que dirigir até Itu...
Eu me inscrevi por impulso no último dia de inscrições. Ainda fui menos desajuizado e me inscrevi na categoria Sport, em que só cobriríamos 25km (a Pró tem 48km) Afinal de contas, eu não tinha a mínima idéia de como era uma prova de ciclismo. E a categoria Sport, justamente por ser indicada para iniciantes, seria um lugar bom pra não passar vergonha. Além disso, como é que eu, que tinha pedalado 3 vezes na minha vida toda, ia inventar de fazer uma prova de MTB de 48km?
E 25km já foi bastante. Um sol do cão na moleira, alguns problemas de organização (eles ficaram devendo a camiseta da prova para um monte de gente, inclusive eu), talvez justificados pelo enorme número de inscritos: mil. Eu não sabia que poderia ter tanta gente assim numa prova de bike!! O duro é alinhar essa galera toda. E o pessoal derretendo no sol até a largada.
Saímos no asfalto, encaramos uma descidinha rápida, mas um quilômetro depois já veio terra e morro. Umas subidinhas leves, pra ser sincero, nada que assustasse um ciclista mais experiente, mas eu, que nem sabia trocar marcha, fiquei penando ali pra achar a cadência e a marcha certa. Mas o bom de ter saído bem devagar foi o fato de ter ultrapassado um milhão de ciclistas. O ruim é que a falta de experiência me fazia ficar um pouco pra trás nas descidas e ter uma pouco mais de dificuldade nas ultrapassagens, especialmente em trechos mais estreitos, onde a estrada de terra não estava tão uniforme. Mas a prova, no geral, não foi puxada, exceto o calor. Nenhuma subida de assustar ou de fazer desmontar da bike. Uns três ou quatro trechos de lama empoçada, mas sempre no plano, sem dificuldade, só sujeira. Barro pra tudo quanto é lado!
Mas é lógico que apesar de ter achado fácil, eu caí. Só que a culpa não foi minha (ou toda minha). É que em uma das subidas mais fortes, eu tentei passar do volante médio pro volantinho e a corrente soltou. Resultado: tombo! Pelo menos sou constante: ralei o joelho exatamente onde já tinha ralado antes.
No final, provei que eu sou mesmo é corredor. Nas curvinhas finais, eu vinha no pau, na marcha mais pesada e quando entrei nas últimas curvinhas em descida pra depois subir, passei marcha mais leve quando, de novo, a corrente soltou. Eram uns 50 metros que faltavam pra chegada. Oras, peguei a bike no muque e cruzei a linha de chegada com ela nos braços... mais fácil do que tentar colocar corrente de novo, pô!
No final, deu mais ou menos (a confirmar, porque eu esqueci de travar o cronômetro na chegada) 1h25m11s para os 25km, 70º na categoria (entre 125). Lógico que cheguei cansado, mas longe de estar exausto. A sensação era a de ter terminado uma corrida de 10km. E devo dizer que foi muito gostoso, curti pra caramba esse negócio de MTB sem ups e downhills violentos.
2 comentários:
Tomou gosto pela coisa?
Eu tô pra assistir uma dessas provas pra ver se me animo apesar que minha única lesão veio por causa de um tombo na bike.
Qdo é a próxima etapa?
Abs,
Shigueo
Pois é, eu preciso aprender a andar de bike, por conta de uma prova de aventura que vou fazer em maio...
Pior é que é gostoso! Nunca andei de speed, mas um pouco da minha reticência a bikes vem do pessoal que anda de speed, sempre com cara de mau, sempre em pelotões monstro, e sempre que rola queda, rola boliche, me dava medo. Na MTB isso é bem menos pronunciado, pelo que percebi. A velocidade é menor e a postura na bike é mais confortavel. E mato é mais legal que asfalto. O bom é que eu também começo a perder o medo de usar sapatilha presa no pedal.
Pior é que deu até vontade de andar de speed também... a bike é um ótimo complemento para corrida.
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