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terça-feira, 2 de agosto de 2022

As duas desistências em sequência - Asics Golden Run RJ e SP City Marathon

Complicado... as únicas provas em que tinha desistido tinham sido as ultratrails entre 2012 e 2015. Nunca tinha desistido ou mesmo cogitado desistir em outras provas, de distâncias menores, especialmente no asfalto. No entanto, um dia esse dia ia chegar. Só não precisava ser desse jeito, em sequência, né?

Mas um dos fatores que me levaram a desistir foi a questão da missão. Porque nessas duas provas havia uma missão, que era ser marcador de ritmo para 2hs e 4hs respectivamente. Aliás, um ritmo tranquilo para eu levar em condições normais.

Só que nem sempre estamos em condições normais. E nesse caso em que percebi que não ia dar para levar a prova, a marcação do ritmo, ao invés de simplesmente terminar a prova sossegado, como faria em um dia adverso, eu parei porque a missão já tinha deixado de ser cumprida. 

Na Asics Golden Run RJ, o que aconteceu foi uma caganeira forte nos dias anteriores à prova. Embora aparentemente o problema estivesse resolvido na hora da prova (não tive vontade, não tive urgência), ao sair para correr estava bem debilitado. Fazia uma força enorme para acompanhar um ritmo tranquilo. Foram 1, 2, 3 km nessa toada de sofrimento puro, como se estivesse correndo a 4min/km e quando percebi que simplesmente não ia conseguir acompanhar o pessoal, larguei mão. Não vi sentido em continuar trotando até o final, já que estava bem ruim, com meros 4km completados. Peguei o metrô, fui para a arena esperar os companheiros e creio ter feito a melhor escolha. Até porque mais tarde, a caganeira voltou, com menor intensidade, e passei mais uns 2 dias zoado 

Na SP City Marathon, não houve caganeira. Mas assim como ocorreu na Asics Golden Run, o sistema não estava funcionando do jeito certo. Não era para estra fazendo força a 5min40/km. Não era para os bpms estarem tão altos naquela faixa de velocidade. Embora desde o começo desse para perceber que não estava normal, também não estava tão debilitado como no Rio. Mas essa dificuldade, aliada à dor da maldita tendinite do tendão de Aquiles direito, começaram a tornar inviável seguir com o grupo. As subidas, especialmente, eram um sofrimento, por causa do tendão. E no km 19, dentro do túnel do Rio Pinheiros, percebi que insistir não ia dar certo. Até porque já estava com cãimbras nas costas e as pernas anormalmente cansadas. Como se diz entre os maratonistas, tem que passar a meia bem, tranquilo, sossegado, porque se já passar cansado, a segunda metade da prova vai ser puro sofrimento.

Aí recolhi na meia-maratona. Ao invés de seguir o percurso para a maratona, desci e completei junto com o pessoal da meia. Uma sensação de derrota e alívio, já que, pelo menos, sofri pouco. Se tivesse insistido, teria morrido no km 27, 32 ou coisa do tipo e ia ter que voltar um loongo caminho...

O corpo mandou mensagens antes. A Speed Run não foi fácil. Os treinos nessa reta final estavam complicados, mais treinos ruins que bons. A tendinite ia e voltava. O ciclo não foi bom e a sensação é a de que estava já na descendente da preparação, embora ainda tivesse essas duas provas para fazer. Num dia bom, acho que ainda faria, com um pouco mais de esforço que o necessário, mas faria. Mas num dia ruim, não teve salvação. 

Deu ruim. Eu diria que o curriculo ficou manchado, se ele valesse alguma coisa. Mas como corrida é isso, diversão, hobby e felicidade, não tem porque se importar muito com isso. É como perder uma pelada no futebol, perder no videogame pro filho, perder no truco contra os amigos. Levamos a sério porque gostamos, mas não podemos levar a sério demais porque não é nossa profissão!!

E simbora para as próximas provas!!!

Speed Run SP - 30km

A Speed Run SP era a antiga New Balance 15km, que mudou de nome porque... sei lá porque! Só sei que normalmente a prova tem um nome que remete à maior distância em curso e neste caso era o contrário, já que apesar do nome original 15km, a prova ainda tinha a distância de 30km.

De qualquer forma, com a mudança do nome, a NB 15km, que já vinha criando uma pequena tradição, acabou de vez. Lógico que ao longo dos anos o próprio perifl da prova mudou. Ela começou como "Excelent Series" porque demandava um tempo mínimo para que a pessoa pudesse se inscrever, como se fosse uma mini-Maratona de Boston. Os tempos não eram tão seletivos assim (eu entrei!), mas deixavam muita gente de fora, então isso logo foi revisto. Agora parece que a New Balance realmente está saindo desse negócio de "prova proprietária", sendo apenas uma patrocinadora em 2022 e nem sabemos se vai rolar a mesma prova em 2023.

O que importa é que a distância de 30km a 3 semanas da realização da SP City Marathon acabou sendo uma grande sacada, já que muita gente aproveitou - inclusive eu - para fazer um de seus longões para a SP City nessa prova, um ambiente controlado, com hidratação e apoio muito melhores do que correndo nas ruas por aí.

A prova, em geral, foi bem organizada. Para a distância menor, de 15km, aparentemente houve um erro na distribuição de postos de água e no meio da prova faltou esse abastecimento, mas para os 30km, assim como para os 7,5km, tudo correu bem. O trajeto, embora não seja dos mais vistosos e atrativos, o velho vai-vem na Marginal Pinheiros, tem a vantagem de ser rápido e plano. E para viabilizar os 30km, os corredores atravessavam algumas vezes a Ponte Estaiada, de modo que acabou não sendo uma prova totalmente plana. O que é bom, considerando que a própria SP City também não é plana.

Largada muito cedo tem o seus problemas de deslocamento, especialmente para quem usa transporte público, mas ajuda na temperatura. Realmente tava um clima bom, friozinho, e quando começou a esquentar um pouco a prova terminou.

Eu corri a prova no ritmo de 5m30/km, que é um pouquinho mais rápido que o previsto na SP City. Embora o ritmo tenha se mantido mais ou menos constante, o nível de esforço não esteve assim, o final da prova foi meio sofrido para manter esse ritmo, o que não é muito bom. Realmente, nos kms finais, o que me motivou foi saber pelo Giovanni que teria cerveja na tenda da Quark... e era IPA!!!

Missão cumprida, IPA degustada, aparentemente tudo ok para as duas provas restantes do Pelotão Sub2/Sub4!!






Resumo do mês - julho/2022

3 séries de fortalecimento muscular

2 doenças (caganeira e febre)

3 provas: Speed Run 30km, Asics Golden Run Rio e Sp City Marathon. Desistência nas últimas 2

191km completados em um mês cheio de problemas...


01 e 02 - off

03 - Speed Run 30k New Balance - 2h46m54s, de Brooks Hyperion Elite 2

04 - off

05 - 11,2k na esteira, rodando em 1h09m13, de Kalenji Race

06 - 5km aq + 3km Fartlek 250m/250m + 2km desaq. 10km, de Fola Racer Carbon + fortalecimento muscular

07 - 2km aq + 4km leve, de Asics Novablast

08 e 09 - caganeira

10 - 4,8km na Asics Golden Run. Desistência, ainda zoado, de Asics Novablast

11 - 7,6km leve na esteira, de Saucony Endorphin Racer

12 - 8km com subida e descida, de Joma SuperCross 6

13 - 10,1km ainda leve no plano, de Asics Novablast + fortalecimento muscular

14 - 8,3 km leve, de Mizuno Wave Rebellion

15 - off

16 - 25km longão, a 5m36/km, de Fila Carbon

17 - off

18 - 1,2km aq + 3x piramidal na esteira (variação a cada 250m), 8km + 1km desaq. Total 10,2km, de Joma Super Cross 6

19 - 8km leve com subidas leves na Aclimação, de On Cloud Monster

20 - 3km aq + 6 x 800m c/ pausa de 200m andando, 5,8km + 1,1km desaq. Total 9,9km, de Mizuno Wave Rebellion + fortalecimento muscular

21 - 7km leve na esteira, de Asics Novablast

22 - off

23 - Longão de 21km a 5m22/km, de Asics Novablast

24 a 26 - off (febre e dores no corpo)

27 - 8km leve, de Asics Novablast

28 - off

29 - 5,2km levinho, de Joma Super Cross 6

30 - off

31 - 21,1km na Sp City Marathon em 1h58m34s, desistência da Maratona, de Asics Novablast