Lá fui eu pra Ultra 50 milhas de Campinas. A estratégia era simples: ir devagar no começo e me preservar para aguentar firme a segunda metade da prova, sabendo que as piores subidas estariam entre o 20º e o 60º km e prevendo a possibilidade de bastante calor, algo comum na região.
Prova bastante "corrível", na maior parte do tempo em estrada de terra (99,8% estrada de terra, 0,1% asfalto, 0,1% single track) e dá pra fazer em umas 10, 11 horas. O problema é que eu não acordei bem e logo que comecei a correr senti um calor excessivo, batimento cardíaco muito alto pro ritmo leve que vinha mantendo. A primeira urinada indicou o problema: mijei coca-cola, urina escura, os rins estavam meio ruins, sei lá porque. Não estava me sentindo 100%, mas não tinha nenhum problema maior, só que a prudência me fez diminuir ainda mais o ritmo (de leve para mais leve ainda). Pior, o pé direito doía muito no dedão e por causa desse problema no rim, eu não tomei nenhum remédio, nenhum antinflamatório.
Prova bastante "corrível", na maior parte do tempo em estrada de terra (99,8% estrada de terra, 0,1% asfalto, 0,1% single track) e dá pra fazer em umas 10, 11 horas. O problema é que eu não acordei bem e logo que comecei a correr senti um calor excessivo, batimento cardíaco muito alto pro ritmo leve que vinha mantendo. A primeira urinada indicou o problema: mijei coca-cola, urina escura, os rins estavam meio ruins, sei lá porque. Não estava me sentindo 100%, mas não tinha nenhum problema maior, só que a prudência me fez diminuir ainda mais o ritmo (de leve para mais leve ainda). Pior, o pé direito doía muito no dedão e por causa desse problema no rim, eu não tomei nenhum remédio, nenhum antinflamatório.
A "sorte" (na verdade azar dele) era que o Gustavo Abade também não estava bem por causa do resfriado dele e fomos os dois, junto com um outro atleta do Branca, André Zumzum nessa toada levíssima. Algum alívio veio no posto do km 32, onde deu pra tomar uma ducha e beber uma coca-cola, além de encher a cara de isotônico e água de coco, mas mesmo assim ainda me sentia com calor. A temperatura não estava alta (no máximo, 29 graus), mas tava muito abafado. Mesmo assim a estratégia de se poupar tava dando algum resultado e a urina tava saindo mais clara, embora pouca.
![]() |
O Gustavo abandonou rapidinho os bastões... |
![]() |
O posto móvel salvador!!! |
Eles, em dupla, já tinham terminado e voltaram pra dar um help pros amigos que ainda estavam na prova. Gatorade salvador, água deliciosa e eu até cheguei a pensar que daria pra chegar ainda de dia.
Eles ainda me deram mais um help no 72ºkm. Ali eram 11 horas de prova e faltavam 08km. No ritmo que eu estava daria pra fazer abaixo de 12? Cheguei a pensar nisso, mas aí começou a escurecer. Quer me sacanear? Me coloque pra correr de noite, na chuva e com um piso irregular. Eu sou cego à noite!! Diminui muito o ritmo, até porque headlamp e boné (obrigatório para não molhar os óculos) não combinam. E no que diminuí, os músculos esfriaram e começaram a doer muito.
Bom, era só terminar então fui pianinho. A 3km da chegada encontro o portão de entrada do canavial e ali o piso tava ruim. A terra virou barro, escorregava na subida... o pequeno trecho de single track não foi melhor, tinha umas descidinhas onde não conseguia ficar em pé. Mas tava muito perto. Saio no asfalto, contorno a Decathlon (e lógico que tinha subida nessa hora... ai minhas pernas!!) e chego, mancando, todo torto, 13h12m55s de tempo oficial e mais de 2 horas pra fazer os 08 km finais!!