A 14 milhas de Morungaba foi uma legítima prova-treino. Sem pretensão nenhuma de correr forte, entrou no calendário por sugestão do Diego só para corrermos em ambiente com boa variação altimétrica, sem muita dificuldade logística. Ok, Morungaba não é aqui do lado, mas a largada era às 09h00, dava tempo tranquilo de chegar lá acordando no mesmo horário do longão nosso de cada sábado.
Como preparação para a Comrades foi... mais ou menos. A distância de 14 milhas não tinha 14 milhas (deu 21km no GPS, ou seja, estimo em 20,5km reais) e um pequeno trecho chato de single track e um pouquinho de dificuldade no terreno (sou péssimo em descida em terreno instável e isso apareceu logo no começo da prova). Como a intenção era treinar para a Comrades, onde não há desafios de terreno, isso não ajudou muito, especialmente porque também não colaborou muito para ritmo de prova.
Um outro problema é que eu não estava num bom dia. Senti isso na hora em que fomos aquecer. Tava com a perna pesada, cansado, sei lá. Além disso, eu demoro um pouco para aquecer, não consigo sair a 100% sem fazer grande esforço. E a prova já começou numa boa série de subidas e depois trilha, o que me deixou ainda mais cansado. Lá pelo 5º km eu tava meio morto, arfando que nem cachorro de apartamento quando sai pra correr no parque com o dono.
Até que fui picado por algum bicho. Sério, um marimbondo, vespa, abelha, sei lá. Doeu pra cacete. E continuou doendo por uma semana. Mas apesar de ter ficado até com a perna esquerda meio insensível por alguns momentos, aquilo jogou adrenalina no sangue e acabei acordando um pouco. Mesmo assim, ainda me sentia meio cansado, pesado, e isso aparecia bem nas subidas. Muitas delas, mesmo bem inclinadas, eram corríveis. Mas eu fazia andando. Mesmo nas descidas, soltava o corpo mas não descia tão livre, tava meio preso. Descidas para serem feitas em uns 3m30/km, com o corpo solto e bpm baixo, relaxando, eu fazia a 4min/km e ainda assim fazendo um pouco de força.
No final, levei 2h32m48s para terminar a prova. E aí surge a peculiaridade da prova em relação às categorias de idade. Como era uma prova com poucos participantes, a competitividade não era das mais fortes. Tanto que no geral, os 4 primeiros foram da Trilopez (Paulinho Lacerda, seu Edélcio, Marcos Boer e Duca França). E eu não cheguei tão longe, já que o 5º fez 2h25. Só que neste ano faço 40 anos, e passei para a categoria 40-49 que era... muito mais competitiva do que a 30-39! Se estivesse na 30-39, seria o 1º da categoria, na frente do Milani (2h33, aliás, correu muito bem!). Já na 40-49 fui apenas o 5º. Aliás, na 30-39 só haviam 4 participantes e 2 deles foram pra premiação no geral. Na 40-49 eram 10 e nenhum foi deles alcançou a premiação geral. Não levei trofeuzinho, ossos velhos do ofício...
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