Powered By Blogger

quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Maratona de Buenos Aires 2025

Foi a terceira!! Terceira vez em Buenos Aires para correr a maratona!! Uma prova que sempre gostei, onde já fiz um recorde pessoal (depois superado por Porto Alegre) e que sempre tem o benefício adicional de ter alfajor, empanada e asado depois da prova!!

Lógico que não é só isso: a prova é rápida, geralmente em um clima bom de correr e embora esteja cada vez mais cheia, costuma ser bem organizada e não ter problemas quanto à gestão de multidão! 

Mas para este ano senti que a minha preparação não estava muito boa. Não perdi o peso que queria perder, não tava treinando tão bem quanto gostaria, achei que iria só para completar a prova sem maiores problemas. 

Como sempre, mesmo não estando com o câmbio tão atrativo como antigamente, Buenos Aires lota de brasileiros para a prova. Afinal, é perto, é sempre um charme correr no exterior, a comunicação é fácil, os reais são bem aceitos e apesar da rivalidade, são nossos hermanos! Muitos têm amigos vivendo em Buenos Aires ou amigos argentinos mesmo e comigo não é diferente. Não encontrei um deles por lá, o Colo (Leonardo Mourglia), mas o outro, o Lucho Runner, eu encontro até porque o Locos por Correr tem uma tenda VIP que já virou tradicional na meia e na maratona de Buenos Aires e que conta com muitos clientes brasileiros!!


Mas antes disso, vale a pena falar da Expo. Neste ano ela ocorreu no Parque Sarmiento (não sei se já foi assim nos anos anteriores), um lugar meio distante, já na divisa com outra cidade (Vicente Lopez), em Villa Urquiza. Não tem metrô perto, só uma estação de trem mais ou menos próxima (Saavedra) e a forma mais fácil de chegar lá é mesmo de carro, por taxi ou aplicativo. Só que eu, que estava hospedado em Palermo Hollywood, acabei achando mais interessante (e barato) ir de ônibus. E de deu certo sim, peguei dois ônibus vazios num sabadão de manhã, já aprendi também como funciona a coisa por lá (você informa ao motorista onde vai para ele calcular a tarifa) e tudo bem!!

Embora distante, o Parque Sarmiento é um lugar cheio de equipamentos esportivos, espaços, dá para entender porque foi o local escolhido. A retirada do kit foi muito tranquila, tava bem vazio por volta de meio-dia, e a Expo era pequena, exceção feita ao estande da Adidas, patrocinadora da prova. Só que nesse eu não entrei por conta da fila monstruosa para entrar! Não acredito que os preços estivessem bons, mas quem tava lá tava querendo algo especial da prova, né? De qualquer forma, deu para comprar umas coisinhas da organizadora da prova, a Fundación Ñandú, então tudo certo.

A prova em si, como tem ocorrido sempre, larga na região do Hipódromo, local com muitos parques, avenidas muito largas e relativamente central, próxima também ao Aeroparque Jorge Newberry. Com tanto espaço, a concentração, dispersão e também a montagem de tendas das diversas assessorias, clubes de corrida e afins estava bem facilitada, assim como a disposição de equipamentos, banheiros químicos etc. Fica um pouco longe do Centro, onde está a maior parte dos hotéis, mas relativamente próxima a Palermo, e daí a razão de me hospedar por lá. Fui e voltei a pé da prova, a 2km de distância do bairro.


Por conta das chuvas nos dias anteriores, os gramados estavam molhados e com vários pontos de barro, não exatamente convidativo para um passeio. Mas o dia amanheceu frio, com nuvens, mas sem previsão de chuva forte durante a prova, assim como sem previsão de calor. E foi o que aconteceu, a prova inteira teve um clima bom para correr, exceto por alguns trechos com vento, mas que eram poucos. Temperatura girando na casa de 13 graus, uma garoinha fina no começo da prova, mas que depois parou, tendo até alguns poucos momentos de sol fraco. Do clima não dava para reclamar!

Ao longo dos anos, a prova veio modificando algumas coisas em seu percurso. Neste ano repetiiu-se o do ano passado, iniciando na direção norte e depois retornando para o sul. Isso significou passar em frente aos dois estádios dos maiores da Argentina, o Monumental de Nuñes e La Bombonera. 



No estádio do River, passamos cedo na prova, lá pelo km 03 e depois no km 08. Nessa região, no final da Avenida del Libertador e no acesso à autoestrada, achei que a prova ficava um pouco estreita, especialmente para o pessoal do fundão, como eu, já que a multidão ainda não havia se dispersado muito. Talvez tenha sido o único ponto onde teve esse problema.

No km 12, passamos de volta pela região da largada, onde muita festa da torcida nos aguardava. Aliás, embora não possa jamais ser comparada com uma major, é uma prova onde em vários pontos há a presença de torcida e pessoas assistindo, até porque passa por pontos onde costuma haver muitos turistas (e também, obviamente, parentes que vieram acompanhar os corredores). É assim na Recoleta, é assim no Centro, na região do Obelisco, da Casa Rosada, da Avenida Corrientes, da 9 de Julio e também em Puerto Madero. E em outros pontos da prova haviam ativações de marcas como a Adidas e Saucony, e festas da hinchada de River e do Boca

As únicas inclinações reais da prova são na região da Casa Rosada/Obelisco, e no final da prova, na região da auto estrada e também no km 40, em um viaduto próximo ao Aeroparque. E são inclinações curtas e não muito íngremes, embora possam quebrar um pouco o ritmo. De resto, a prova é bem plana e o trajeto só incomoda um pouco quando passa na beira da autoestrada ali no começo onde estreita um pouco e nos 2, 3 kms onde passa embaixo de uma autoestrada, sob um elevado onde o vento encanado atrapalhou um pouco e onde o meu GPS ficou meio doidinho.

Por sinal, foi ali onde eu perdi meu plano A da prova, que era fazer sub-4hs. Iniciei a prova tranquilo, do lado do Joelson, o Corredor Irônico, mas logo depois de uns 2km já percebi que o ritmo tinha estabilizado entre 5m35/km e 5m40/km e toquei o resto da prova assim, controlando esforço e as minhas dores de quadril, joelho, tornozelo, lombares etc. E realmente fui bem assim, até passar pelo km 35, onde ganhei uma coquinha muito bem vinda do pessoal da RunFun e entrar na região abaixo do elevado, onde perdi um pouco o ritmo pelo GPS maluco e pela mudança de esforço, já que o vento contra fez meu velocímetro interno perder um pouco a referência.

Depois de sair dali, entramos em outra região não muito bonita, do porto, e logo a seguir uma subida longa da via expressa, até sairmos para a passagem por baixo dela, próxima ao Aeroporto, já no km 40. Esse bloco foi meu pior 5km e eu não conseguia voltar para os 5m35/km e 5m40/km, até porque é justamente onde tinha inclinação e vento. Além disso, no km38 o celular tocou, toque de casa, e como o Rafinha tinha se acidentado no futebol, dias antes, levando uns pontos, achei melhor atender. Quando fui ver, ele só queria me dar oi... hahaha, superfofo, mas no momento mais errado possível!!! 

No trecho final, já com torcida, tentei puxar um pouco mais forte, mas aí é onde faltou perna, senti um início de cãimbra na panturrilha, meio torto, correndo e olhando o relógio, fazendo conta mental para ver se dava, e nos últimos 500m ainda consegui acelerar um pouco, mas longe do suficiente para o sub4hs.

Deu 04h00m16s no tempo oficial. No certificado percebe-se que meu pace geral veio caindo a cada parcial de 5km e subiu um pouquinho a partir do km 35. No final das contas, foi uma prova muito constante, já que lembro de ter passado a meia-maratona com 1h59m47s no relógio, só perdendo esse ritmo nesse trecho dos km 35 ao km 40.

Apesar disso, gostei muito da prova que fiz. E fiquei dolorido no pós-prova, mas não exageradamente. Embora não tenha conseguido manter minha invencibilidade no sub-4 por lá, mantive pelo menos uma boa performance para mim, especialmente porque não estava totalmente bem e a idade tá pesando... Mas fui 448 º colocado entre 1008 na categoria 50-54, 4068º colocado entre 8881 nos homens, e 6017º colocado entre 12765 completantes. Ao menos ainda entre os 50% mais rápidos em todas as categorias...

 




segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Meia de SBC 2025

Fazia muito tempo que eu não corria a Meia de São Bernardo. Acho que da última vez que corri ela ainda era organizada pela Corpore. Mas dessa vez ela casou dentro do ciclo com 4 semanas de antecedência antes da prova-alvo e por ser uma prova meio pesada, seria bom para eu não arriscar correr forte e acabar virando o fio, já que o peso da idade tem ficado mais evidente, dia após dia.

E na real, gosto de provas assim, meio pequenas, acolhedoras, na minha cidade. É sempre divertido. Porém, a Meia de 2025 estava um pouco diferente das velhas Meias de SBC da década passada. Um pouco mais rápida, porque deixou de lado uns trechos meio pesados de subida ali atrás da Brastemp, não correríamos mais pela própria Anchieta e ainda não tinha um trechinho inclinado dentro do Jardim do Mar. Mas de resto, estava tudo lá: Concentração no ginásio com banheiros "de verdade" (e o meu tava entupido "de verdade"), largada na Kennedy, passagem pelo Paço Municipal, descida pela Marechal, subida no Assunção pela Cristiano Angeli, retão da Robert Kennedy e a malvada da Piraporinha.



Prova treino tem que fazer em ritmo de treino. E o meu ritmo de treino era 16km em 5m30/km. E em boa parte do tempo eu segui essa linha, talvez coisinha pouca mais rápido, 5m25/km e tudo bem. O dia tava bem gostosinho de correr, um friozinho que não congelava (e em SBC às vezes o frio congela) após um sábado muito quente, a tradicional garoinha até apareceu de leve e eu fui indo. Pra substituir a Brastemp, fomos até o Demarchi e eu não parei em nenhum restaurante da rota do frango com polenta porque infelizmente fechou tudo. Na subida da Cristiano Angeli eu fiz um pouco de força para manter o ritmo e quando cheguei na Robert Kennedy, faltando uns 2km pra fechar os 16km ritmados, acabei soltando o corpo e batendo uns km a 4m50/km, mas foi só até a placa do km 16 mesmo.

A partir daí, rodei de boa. Na subida marvada da Piraporinha, como o meu treino ritmado já tinha sido feito mesmo, tirei o pé sem dó nenhuma, ali o km saiu a 6m20/km e mesmo assim não foi muito fácil. Depois é terminar na Kennedy, falso plano, corpo aquecido e eu até fiz os km finais um pouco mais rápidos para fechar em 1h54m38 no tempo oficial (no meu relógio deu 1h54m23 - ?), um pace abaixo dos 5m30/km previstos pro treino.

Embora o esforço não tenha sido 100%, foi mais forte que um longão comum e eu senti um pouco o pós prova, não vou negar. Mas também não foi aqueeeela coisa quebrada, foi o pós-prova mais pro final da tarde do dia, e não o imediato. Não fiquei esgotado, esfalfados, aparentemente a prova realmente serviu para construir preparação e não destruir preparação. Gostei e é sempre bom voltar pra SBC, minha terra, encontrar alguns amigos de corrida e coisa e tal, mesmo que o Rodrigo Lobo tenha entupido o banheiro antes de eu usá-lo... (não é coisa boa quando alguém sai do reservado falando "vixe, cuidado!!", hahahah)


Resumo do mês - Agosto/2025

235,7km em 19 treinos e uma meia-maratona

6 sessões de fortalecimento

6h40 de futevolei

10 min de elíptico


01 - off

02 - 19,5 km rodados no Ibira, de NB SC Trainer

03 - off

04 - 10km rodadinho também, de Skechers Elite

05 - 2,2km aq, de Saucony Type A + fortalecimento

06 - 11,3km rodando de Fila KR6 + 1h30 de futevolei

07 e 08 - off

09 - 23km de longo light na USP, de NB SC Trainer

10 - 4,7km soltos no dia dos pais, de Asics Nimbus Senna

11 - 12km fartlek, de Nike Vomero

12 - 3,3km aq, de Skechers Elite + fortalecimento

13 - 9,5km rodado de Nike Vomero + 1h40 de futevolei

14 - 6,5km rodagem, de Mizuno Sonic + fortalecimento

15 - off

16 - 26km de longão, de Adidas Adizero Adios Pro

17 - off

18 - 9,2km com intervalados longos, de Fila KR6

19 - 2km aq, de Olympikus Corre 4 + fortalecimento

20 - 11,6km com tiros de 1,2km, 800m e 400m, de Nike Vaporfly + 1h50 de futevolei

21 - 6,5km na esteira (40min), de Skechers Elite + fortalecimento

22 e 23 - off

24 - Meia Maratona de SBC, em 1h54m38s (tempo oficial líquido), de Qiaodan PB 4

25 - 9,5km rodando leve, de Asics Nimbus Senna

26 - 10min elíptico + fortalecimento

27 - 9,4km rodando leve, de Olympikus Corre 4 + 1h40 de futevolei

28 - 6,4km rodado (40min), de Asics Nimbus Senna

29 - off

30 - Longo de 32k no Ibira, de Adidas Adios Pro