A maratona de Curitiba veio, basicamente, como uma substituição da Maratona do Porto, prova que eu irai fazer em 06/11. Ia porque faltando umas 2 semanas, veio a notícia que eu imaginava que viria, ante o silêncio dos organizadores durante esse tempo todo: eles não iriam bancar a minha passagem para Portugal.
Uma pena, mas eu meio que já esperava justamente porque ninguém falava nada, ninguém entrava em contato... mas o que fazer faltando 2 semanas para a prova? Mais ainda, com o meu cronograma pessoal de férias e coisa e tal fechado para essa data? Atrapalhou bastante as minhas férias e a própria possibilidade de tentar encontrar alguma outra prova interessante. Pelo menos eu não tinha comprado passagem para a família ir para o Porto, ia ser uma chateação acertar isso.
Aí, olhando o cronograma de provas que poderia fazer sem vender um rim a melhor opção era a velha e tradicional Curitiba. Que não é rápida. Que eu já fizera e quebrara fragorosamente em 2017. Mas que é uma cidade que gosto muito, perto de São Paulo e em uma viagem barata. E de qualquer modo, por conta da lesão no Aquiles, eu estava longe da minha melhor forma, então não teria como tentar um tempo forte, apenas completar bem a prova.
A Expo estava maior do que no ano em que fui, até pelo tamanho da prova, que também cresceu. O Museu Niemeyer acabou sendo um lugar muito legal para isso, perto da largada e chegada, só tinha o problema de ficar um pouco mais longe da maior parte dos hoteis de Curitiba. Os poucos hotéis próximos já estavam, previsivelmente, lotados. Mas eu me acertei com uma hospedagem relativamente próxima e bem confortável, após um pequeno contratempo e dormi bem. Em tese, estava bem para a prova.
Em tese, porque na prática, alguma coisa não estava muito boa no meu intestino. Talvez o "fuso horário" da prova, cuja largada era às 5 da manhã. Apesar de ter ido ao banheiro cedinho, às 7 da manhã, no meu horário habitual de número 2 e basicamente no meio da meia-maratona, deu vontade... e a vontade foi sendo administrada, administrada até que no km 30, o banheiro químico, mesmo com fila, se mostrou irresistível...
Eu tinha saído para um ritmo de 4h00, ou seja, mais ou menos 5m35/km. No entanto, lá pelo km 10, encontrei o Junior Double, a Gi e as atletas que ela treina na G+ em um ritmo de 6min/km. O 5m35/km tava até tranquilo pra mim, mas pensando na companhia, na falta de uma motivação maior para fazer tempo na prova e na própria dificuldade que teria nos kms adiante, resolvi seguir com eles e fui assim até esse km30 do banheiro, muito de boa.
Lá dentro eu resolvi as minhas coisas rápido, mas por causa da fila que me fez esperar uns 6 minutos, não dava mais pra pegar esse bonde dos 6min/km da galera. Até encontrei o Junior, já mais lento por conta do desgaste de ter feito uma ultra de 84k no dia anterior, mas ele estava muito mais lento e segui em frente.
Apesar da esvaziada, ainda não tava muito bom. Logo depois de uma coca-cola, a barriga ficou super estufada, tava desconfortável pra correr e fui me arrastando, menos por causa das pernas, mais pelo desconforto abdominal mesmo. E assim terminei tranquilo, sem me importar com ritmo, mais fazendo festa, em 4h18, pelo menos sem aquela sensação de quebra. Especialmente após ir ao banheiro logo depois da chegada...