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segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Maratona de Chicago 2018

Foi um ciclo de treino meio complicado. Filho bebê não é fácil, mesmo quando a maior parte do trabalho fica com a mãe, já que muitos treinos que eu faria no parque viraram treinos de esteira para eu ter a oportunidade de ver o filhinho. Além disso, vários longos foram feitos em estado zumbi, já que passamos por algumas fases em que o moleque dormia pouco, acordava muito durante à noite. Esquece aquele sono repousante, contínuo!

Mesmo assim consegui perder algum peso e na fase final dos treinos, já no polimento, deu pra perceber que embora não tivesse feito a quantidade de longos bons que queria, estava pelo menos correndo fácil na velocidade que queria. Foi um ciclo também com menos dores. O joelho esquerdo que tem o menisco zoado não incomodou muito, assim como o tornozelo esquerdo torcido. E a velha dorzinha no isqueotibial do lado esquerdo também (esse meu lado esquerdo é mais zoado que os partidos brasileiros de esquerda) apareceu só de forma discreta em alguns momentos.

A sexta-feira foi o dia mais pesado pré-prova, o dia da Expo. Passei o dia inteiro lá, batendo perna. E corri na esteirona que montaram na feira, no ritmo do Kipchoge. Confesso que tava sentindo um pouquinho os posteriores da perna por causa dessa brincadeira, mas no domingo da prova tava tudo nos trinques. 

É impressionante o tamanho de uma major. A quantidade de gente, o tamanho do evento, os controles de segurança tudo isso demandam que o corredor tenha que se programar para chegar bem cedo para a prova. Porque demora demais passar pelo pré-portão de segurança, pelo controle de bagagens e sacolas, para andar e achar sua baia, para ir ao banheiro... e olha que eu nem uso os guarda-volumes. Se tivesse que fazê-lo, possivelmente chegaria em cima da hora na largada! Chegando na região da largada com uma hora e dez de antecedência, consegui entrar na minha baia faltando 10 minutos, e sendo um dos últimos a largar ali.

Mas como todo mundo tem mais ou menos o mesmo ritmo, não teve problema algum largar na frente ou atrás na baia. Tudo fluiu direitinho, toda essa preparação é componente da mega-gestão de multidão, que funcionou bem.

Meu problema na prova é que larguei na baia C, mas descobrir que o pessoal dessa baia era um pouco mais rápido do que gostaria. Os pacers em que gostaria de grudar (3h30)estavam atrás de mim, na baia D, e na minha frente estavam os pacers de 3h20, muito rápidos para eu tentar ir junto.

E sendo o pessoal um pouco mais rápido do que eu tentaria, acabei largando um pouquinho mais forte do que gostaria, fazendo as passagens do km5 e km10 ligeiramente mais rápido do que deveria. Depois estabilizei, mas senti que deveria estar um pouquinho mais fácil correr do que realmente estava. Passei a meia certinho para 1h44 alto, e só precisava repetir essa meia-maratona. Porém, no km 28 comecei a sentir que estava mais difícil correr no mesmo ritmo. E no km 30 percebi que tinha perdido o ritmo e que o 3h30 tinha ido pro espaço. E a partir daí, o angu deu caroço.

No km35 abandonei até mesmo a meta de baixar o meu tempo e aí passei apenas a seguir para terminar a prova. Deu 3h39. Nos 14km finais dessa quebra, perdi 9 minutos no pace. E ainda torci o pé esquerdo (justo esse?) num buraco no asfalto lá pelo km 33 ou coisa do tipo. A partir da meia-maratona choveu bastante, ventou bastante e eu não tava enxergando muita coisa de óculos.

Mas foi uma boa prova, apesar de tudo. Sabendo que o ciclo de treino não foi perfeito, tentamos arriscar o que dava e o que não dava. Não deu, mas pelo menos não fiz um tempo de passar vergonha. E o registro ficou aqui, no Corrida no Ar:










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