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domingo, 28 de novembro de 2021

Ultra 6hs Indaiatuba

Fazia muito tempo que não corria uma Ultra. Para ser exato, desde que o Rafael Kenzo nasceu. Depois disso corri algumas maratonas, mas o ritmo de treinos saiu um pouco fora do eixo, os hábitos mudaram. E mudaram mais um pouco ao sair do escritório. E mudaram mais um poucão depois do início da pandemia. Enfim, desde a Bertioga-Maresias de 2017 eu não passava dos 42km. Talvez estivesse na hora de mudar.

Não que tenha planejado com muito afinco isso. Na verdade, pensei em Indaiatuba mais por ser uma prova de tempo, onde se tudo desse errado eu simplesmente pararia, sem ter o compromisso de cumprir uma determinada distância (sob pena de desistir). Uma prova mais manejável mentalmente e com um suporte um pouco mais fácil. Em contrapartida, como não tive planejamento, não fiz ciclos de treino, simplesmente continuei rodando todo dia, ganhando volume e no máximo fazendo alguns testes nos longos, corrrendo com bpm baixo para sentir como o corpo processava o desgaste nessas condições.

Em 2020 a prova de Indaiatuba foi complicada por causa do calor e pelo fato do circuito quase não possuir sombra, e eu estava meio que me preparando para isso, para tentar apenas passar a marca da maratona. Mas o dia da prova surpreendeu, temperatura amena para a região, até com algumas rápidas gotejadas durante a prova. Também teve um pouquinho de sol, mas no geral a temperatura oscilou entre 20 e 25 graus e pouco sol, embora com muito mormaço, como percebi pelo bronzeado da pele depois da prova.

Além das 6hs havia também uma provinha de 10km, uma de 21km, 12hs e os 100km que eram classificatórios para o Mundial, sendo que o percurso era diferente para os 100km (volta de 3km só no plano). O nosso era feito de voltas de 5km com uma subida boa e uma descida também boa no meio da volta. Saí num ritmo um pouco mais forte do que imaginei, rodando entre 6m00 e 6m05/km, mas encaixadinho, com sensação de esforço tranquila, embora o bpm um pouquinho mais alto do que imaginava. Nos primeiros 30km de prova tive a companhia do Rodrigo Tandaya e isso ajudou muito a distrair e passar o tempo.

Após os 30km o Tandaya ficou e depois ficou claro que o ritmo tava bom para mim, mas um pouco mais forte do que deveria para ele, que acabou passando um pouco mal. Com o calor aumentando um pouco e o cansaço começando a aparecer, lembrando ainda que aquela era a primeira vez no ano que rodava mais de 25km, o ritmo começou a cair levemente. Me mantive correndo o tempo todo até o km 48 e somente ali, onde a volta oferece a subida, passei a caminhar na inclinação. Quando cruzei o km 50, deu para perceber que não seria possível chegar aos 60km, já que faltavam uns 45minutos de prova. Então completei essa última volta de 5km intercalando caminhada e trote, apenas para terminá-la dentro do tempo limite de 6hs, até porque não brigava por classificação nem nada.

Terminei os 55km com 5h59, num ritmo médio total de 6m29/km, muito melhor do que a minha expectativa, e acabei fazendo minha melhor marca numa prova de 6hs (na verdade na outra que fiz, alcancei 54km). Foi ótimo, embora os 10, 15 minutos pós-prova não tenham sido muito bons no quesito sensação (tontura, cansaço, sede infinita e muita dor muscular...)

Mas me recuperei rápido, voltei pra SP tranquilo e as dores musculares pós-prova, embora previsíveis, foram até menores do que imaginava. Esses tais de tênis de placa de carbono realmente são uma beleza...








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