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terça-feira, 5 de julho de 2022

Maratona de Porto Alegre 2022 - Pelotão sub 4

Segunda prova do projeto do Pelotão Sub4, que começou com uma ideia de correr 4 maratonas como pacer em ritmo de 4hs (São Paulo, Porto Alegre, Rio de Janeiro e SP City), alterado por questões comerciais (as maratonas de SP e RJ foram trocadas por um pelotão sub2hs nas 2 Meias-Maratonas Asics Golden Run).

Para mim foi a primeira, porque na prova de estreia, a Meia Golden Run de SP, eu estava com Covid... e essa Covid que passou até rápido, mas me deixou com uma tosse sem vergonha, alguma dor no peito durante um tempo e zoou um pouco os meus parâmetros de treinos é que me deixou um pouco encucado para correr Porto Alegre. Pelos treinos pós-Covid, tudo bem, mas será que em uma maratona completa, em clima frio, não ia dar ruim?

Aliás, falando em frio, estava beeem frio. Não tanto quanto em Porto Alegre 2016, mas quase. O que para mim é bom, mas nunca se sabe diante de uma recente infecção respiratória. A madrugada do domingo viu uma galera totalmente encapotada, gelada, tiritando enquanto aguardava um pouquinho de calor do sol a nascer. E uma galera bem grande, já que desta vez a Maratona de Porto Alegre estava enorme. A Expo estava enorme, a prova tinha umas 15 pessoas, muito, mas muito diferente daquelas maratonas de PoA anteriores. Lembro que em 2007 eu estava no banheiro químico quando soou a largada e eu ainda assim cruzei o pórtico 2 minutos depois da largada, por exemplo. 

A parte boa de correr em pelotão é o fato de se correr em pelotão, um monte de gente juntas no mesmo ritmo, o que também oferece proteção contra o vento. Porque o dia estava lindo, com um solzinho gostoso e céu azul, mas o ar estava muito gelado e o vento do Guaíba, quando aparecia, era implacável. De qualquer forma, o fato de estarmos em cinco a puxar o ritmo me deixou muito mais tranquilo. O Dalton é uma máquina de precisão no ritmo. O Junior corre maratona para 4hs como se estivesse comendo pastel na feira. O Fabio Xu cuidava da animação, falava bastante e tinha experiência de sobra. Sergio e eu talvez fôssemos os mais pebas dos pacers, e eu ainda estava um pouco descalibrado em relação a ritmo, mas mesmo assim tudo correu bem.

Com tanta gente para puxar ritmo deu até para acelerar um pouco e tentar levar o pessoal que completava a meia sub-2 para um tempinho um pouquinho melhor no sprint final. Deu também para esperar o Basílio ir ao banheiro (umas árvores, basicamente) e depois puxá-lo para reconectar ao pelotão. E embora o pelotão fosse diminuindo, seja porque uma parte ficou na meia sub-2, seja porque alguns previsivelmente não aguentaram o ritmo, o fato é que chegou muita gente junto e muita gente feliz.

Alguns, como o Lula da Acorja, mesmo chegando mais para trás nos agradeceu muito pelo ritmo no começo e meio de prova, que ajudaram a conseguir um bom tempo final. Outras pessoas falaram que nos seguiriam "até a morte" e foram com muita garra, era perceptível que só terminaram junto porque tinha gente puxando. Nos últimos 2 quilômetros eu ainda segurei o ritmo para marcar o ritmo exatamente para 4hs e para salvar algum eventual atleta desgarrado, já que o pelotão acabaria terminando a prova com 3h58. Terminamos bem e, melhor ainda, com muita cerveja no final, já que isso era a maior exigência do Sérgio ao começar o projeto.




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