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quinta-feira, 3 de novembro de 2022

Meia Maratona de Manaus - 2022

O convite para participar da Maratona de Manaus viera há algum tempo. O Sérgio Rocha não poderia ir porque estaria em outro evento e o Nishinho aqui foi representar o canal. A questão era: Meia ou Maratona?

Acabamos definindo a meia porque por contra de outro compromisso, o Sérgio não poderia estar na Maratona do Porto, duas semanas depois, e eu também iria para lá. Depois deu tudo errado, o Porto cancelou minha ida em cima da hora, mas eu já não estava com o cronograma de treinos certo para correr a maratona em Manaus e fiz a meia mesmo.

Ainda bem!

Que lugar úmido! Sim, claro que eu já sabia que era úmido, mas uma coisa é saber, outra é estar lá, sentir a umidade e perceber que para correr a Maratona eu teria que estar muito bem preparado para conseguir terminar de forma minimamente decente. Ali o clima não perdoa. Se você estiver um pouquinho mal, tá ferrado, vai ser espancado pelas condições climáticas!!

Em contrapartida, foi a maior Maratona de Manaus da história e um dos grandes eventos de corrida do país neste ano. Além de ser a prova com a maior premiação brasileira na somatória de valores, ela foi intensamente promovida no Brasil e no exterior também, com o envio de delegações a Expos de diversas maratonas estrangeiras. A prova contou com um grande apoio do Poder Público, interessado em promovê-la como um grande evento turístico da cidade e, de fato, reuniu atletas do Brasil inteiro e vários estrangeiros, com a proposta de que os atletas corram a prova e realizem passeios turísticos para conhecer a Amazônia.

Foi o que fizemos. Foram vários passeios, conhecendo o incrível Teatro Amazonas, o Mercado Municipal, o Centro de Manaus e um pequeno safári amazônico de meio-dia com a Shalom Tours, conhecendo o encontro das águas do Rio Negro e Solimões, encontro com tribo indígena e a possibilidade de nadar com botos cor de rosa. Incrível!!







Interessante também foi a Expo. Com duração de 2 dias (sexta e sábado), foi realizada num Centro de Convenções bastante amplo, do lado da Arena da Amazônia e do Sambódromo, e parecia suficiente para o fluxo de pessoas imaginado. No entanto, mais de 90% dos incritos apareceram para a retirada do kit na sexta-feira, causando uma fila bem grande. No sábado, dia que naturalmente costuma ser o mais cheio por conta do final de semana, a Expo estava extremamente tranquila, com pouquíssima gente e filas minúsculas... 


Com largada marcada para 4 da manhã para a maratona, 4h20 para a meia e 4h40 para os 10kms (o 5km foi realizado no próprio sábado, no final da tarde), a rotina pré-prova foi bem alterada. Tive que acordar às 2h00, até mesmo porque o hotel onde estava hospedado ficava do lado oposto da cidade em relação à Arena da prova, na Ponta Negra. Tirando a falta do cafezinho da manhã, deu tudo certo. O motivo dessa largada tão cedo, obviamente, era tentar evitar ao máximo o calor e a exposição dos atletas ao sol. E para os 10km e para a meia, deu certo para a maioria dos corredores.

Eu completei a prova em 1h58m53s, em uma perfomance que considerei excelente pela condição de umidade e calor, e não peguei sol, apenas a claridade da manhã. O sol mesmo foi aparecer lá pelas 7h30 e castigou mesmo a partir das 08h00. Assim, maratonistas que conseguiram completar a prova abaixo de 4h00 não sofreram tanto. 


Tenho que registrar que além das condições climáticas, Manaus também oferece outra dificuldade: a altimetria. Se engana quem pensa que Manaus é uma cidade totalmente plana por ficar à beira do rio e na planície amazônica. Não existem montanhas muito altas ou coisa do tipo, mas as inclinações são constantes e a prova é bastante exigente sob esse ponto de vista. O percurso dos anos anteriores era ainda mais exigente, mas foi alterado para que a prova passasse pela ponte sobre o Rio Negro, um lugar muito bom para correr por ser bonito e com uma brisa agradável, mas que, é claro, tinha a sua altimetria e inclinação para serem vencidas.

Ao contrário do que costuma acontecer em provas em SP, as avenidas e ruas onde a prova passou não foram totalmente interditadas, exceto na região mais próxima da largada e chegada. Isso ocorreu porque algumas delas eram o único acesso ao próprio bairro da Ponta Negra, além da Ponte do Rio Negro ser o único acesso terrestre ao outro lado do rio. Mas o controle de trânsito foi muito eficiente e considerando o horário da prova, o trânsito era bem tranquilo, não tivemos registro de qualquer problema.

Por fim, chamou a atenção na prova a quantidade de barracas e tendas de clubes de corrida e assessorias esportivas. Muito mais clubes de corrida, por sinal, um fenômeno bem diferente de SP, onde eles praticamente inexistem e onde esse papel cabe às assessorias esportivas mesmo. E muitas dessas barracas apresentavam uma estrutura incrível, com um verdadeiro buffet de café da manhã para seus atletas, buffet que é melhor do que o de muito hotel 3 estrelas por aí!! A interação com a galera local foi também excelente e isso incluiu também as autoridades presentes e que até correram a prova, como foi o caso do próprio Prefeito de Manaus.

Enfim, um provão! Um belo desafio, exigente, mas uma prova otimamente organizada, com água a cada 2kms, arena muito espaçosa, com shows e uma largada inacreditável, com fogos e um pórtico-telão de fazer inveja a qualquer maratona no mundo! Faria de novo, tranquilamente, mesmo com esse sofrimento todo por causa do calor, como desafio a ser vencido!!





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