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sábado, 24 de dezembro de 2011

O pré-natal

Não fiz os exames pré-natal. A prescrição de exames que o meu médico me dera expirou e vou ter que pedir outro, pós-natal. Ecodoppler e exames de sangue e urina só no ano que vem, pelo jeito.

Mas nesse pré-natal, pós-prova, rodei pouco. E mal. Um dos combustíveis mais importantes do corredor, a motivação, se foi após a meia de Lanzarote. Ótimo, porque todo mundo tem que descansar um pouco. E se der tudo certo, o ano que vem vai ser puxado, tem que entrar com as pilhas bem recarregadas.

Nesse período, basicamente rodei 13km na terça-13/12 (Asics GT), com algumas rampas (12) na Bienal, com a companhia do ilustre Gaspa. No sábado, rodei mais 13k, em um ritmo geriátrico com a companhia do ilustre Marcel (Nike Structure). Na terça-20/12 tivemos um pedal noturno de passeio da Trilopez, saindo do Hebraica, subindo até a Paulista, descendo pelo Ibira até voltar ao Hebraica, uns 17km. Na quinta, mais uns 13km, de novo com 12 rampas da Bienal, sem companhia de ninguém porque o pessoal que eu encontrei foi me deixando pra trás (Nike Free). E neste sabadão, mais 16km em ritmo tranquilo com o pessoal todo da Trilopez, em uns 6min/km (Mizuno Nirvana), em que estranhamente fiquei com bolhas nos pés (depois de mais de 300km o Mizuno me deu bolha??)

Assim foi o pré-natal. Agora manter uma rodagem como base até decidir os próximos objetivos...

domingo, 11 de dezembro de 2011

Integração Trilopez 2011

Mais uma corridinha de integração Trilopez, a 6ª da qual participo. E a primeira num clima agradável pra correr, nesse nosso dezembro que parece agosto: nublado, garoento... dei duas voltas na raia (9,6km), uma pra aquecer e outra na corrida propriamente dita, testando o Mizuno Enigma, no "test drive" promovido pela fabricante. Tênis confortável e muito macio. Para pisada neutra, não creio que aguente treinos e provas longas tão bem, mas para estímulos curtos me pareceu ser ótimo. 

O resultado? Não tenho idéia. Estimo uns 24 minutos. Foi uma rodagem com os amigos, e um troféuzinho pela segunda colocação no Prêmio Volta ao Mundo da Trilopez, competiçãozinha interna da equipe que registra a quilometragem em provas feitas durante o ano. Nas contas deles, 297km em provas. Nas minhas, um pouco mais, mas tudo bem, não alteraria o resultado final, já que é virtualmente impossível ganhar do Alê Oliveira...

Polimento pré-prova

Também esqueci de registrar. Na semana anterior à prova foram dois treinos. Um, em novembro ainda, de polimento puro, 5 séries de 500m no pau, com 200m caminhando, em recuperação. Depois, 5 séries de 350m com 150m de descanso. Por fim, 3 séries de 250m com 150m de recuperação. Dá mais ou menos 7km (Nike Free novo, enterrando o velho de vez). Depois, já em dezembro, já em Lanzarote, na sexta-feira, uma rodagem de 30min e 5km na orla (Mizuno), sossegado, curtindo o lugar e tentando minimizar o jet lag. Acho que deu certo, pela resultante da prova.

Resumo do mês - novembro/11

Me descuidei e esqueci do resumo do mês de novembro... segue:

144,2km em 12 treinos
5 séries de musculação
1 rodagem de 40min no rolo

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Medio Maratón de Lanzarote

1h44min48s. Nem nos meus melhores sonhos imaginaria uma marca dessas. Minha marca anterior era 1h48 e uns quebrados, mas quando a consegui eu tava bem fininho, treinando forte pra maratona e me sentindo realmente na ponta dos cascos. Já pra Lanzarote... foi uma prova onde me inscrevi mais para poder viajar e para manter motivação pra treinar de forma decente. Tive um mês e meio saindo do zero pra chegar em um preparo físico razoável, mas pelo ritmo dos treinos sentia que não estava tão bem: sem velocidade, ainda acima do peso. Enfim, fui relaxado. E relaxado, não planejei muito a prova, não. Usei uma tática suicida, fácil para uma prova em looping com essa: largar, sentir como estava, e se estivesse bem, soltar a bota. E ver o que restava no final. E assim foi.

Mas por que Lanzarote? Porque era a data que encaixou nas minhas pesquisas por provas mundo afora. Além dessa, daria só pra fazer a Mizuno Athenas, mas aí eu perdia a desculpa pra poder viajar e matar uns diazinhos de trabalho. E sendo num lugar bem diferente, nas Ilhas Canárias, resolvi ir. Lanzarote, onde morou Saramago até morrer. Onde morava Thor Heyerdahl, o norueguês maluco da expedição Kon-Tiki. Um lugar bem exótico para qualquer brasileiro. Mas que parecia ser bem normal pra muito escandinavo. Afinal, em que lugar da Europa você conseguiria sol e calor em pleno dezembro? Por isso, tava cheio de brancões por lá. Todos querendo ficar vermelhões.

Eu dividiria Lanzarote em duas. Uma é a ilha onde tudo é vulcanismo e lava, terra preta (lava fria) com casinhas brancas sem telhado pra todo lado, e um clima semi-desértico, mas com muita influência do oceano. Daí os moinhos, daí o vento constante. A outra Lanzarote é a Lanzarote-resort. Praias como Costa Teguise, Playa Blanca e Playa del Carmen, totalmente fake, avenidas largas cercadas de bromélias plantadas em intervalos regulares no canteiro central, prédios enormes de resorts e bares disputando quem tinha a maior TV onde seriam transmitidos os jogos da Premier League. Mas em dezembro tudo estava relativamente calmo, sem multidões de turistas e com um trânsito maravilhoso pra quem vive em SP. Tudo muito civillizado, de carro alugado, cruzei a ilha várias vezes, norte a sul, leste a oeste... 


Enfim, turismo à parte, fui pra corrida. Mizuno Nirvana nos pés. Temperatura boa (uns 15ºC), não fez sol nesse dia, pouca gente, nem precisava de chip no tapete da largada. Tempo bruto = tempo líquido. Mesmo assim, como não gosto de largar muito na frente, perdi uns 10 segundos nessa brincadeira. Me posicionei perto do marcador de ritmo pra quem iria pra 1h50 na meia e largamos, com um atraso de uns 20 minutos. No problem, relax, clima de praia... cheguei no marcador de ritmo e aguentei do lado dele até o 1,5km. O ritmo dele tava certinho, mas eu comecei a achar que tava lento demais, tava sobrando. E comecei a puxar um pouco mais, com cuidado pra não exagerar. Cada volta do circuito tinha 10,55km. Assim, os meio-maratonistas iriam dar 2 voltas e os maratonistas, 4 voltas. Tempo suficiente pra conhecer o circuito, que tinha inclinações constantes. A gente meio que descia da avenida principal até o caminho da praia e subia de volta. As inclinações só mudavam um pouco o ritmo de corrida. Tinha duas delas que eram um pouquinho menos leves, mas nada muito forte, parecido com a subida do cavalo na USP, só que mais curtas.

Nessa toada, fui puxando, puxando, e vendo que o ritmo tava bom, na casa de 4min48, 4min50/km. Ia pagar o preço no final, mas tava legal e ia tentar sustentar aquilo até onde dava. O problema maior foi o vento. Na ida em direção ao sul o vento tava a favor, mas eu nem percebi. Na volta... aquilo parecia um furacão contra, um verdadeiro muro de ar. Impressionante como a gente não sente o vento a favor... mesmo assim passei nos 10km com 49min cravados e a metade da prova com 51min30 (4min52s/km). Aí percebi que o negócio ia ser bom. Tava começando a cansar, mas exceto se quebrasse muito feio ou tivesse algum outro problema bem travador, ia baixar o meu tempo em meia, com certeza. Tava pelo menos 5 minutos mais rápido!


Como era de se esperar, a segunda volta foi um tormento. Especialmente a volta, onde já tava bem cansado. Mas aí a motivação era baixar tempo e não esmorecer. O corpo já era, mas a mente continuava me empurrando. No 19ºkm, quase um estrago: meio mole, pisei torto no piso de pedra e torci o pé esquerdo. Mas foi leve, dei três manquitoladas, aproveitei pra respirar e continuei dando tudo o que restava. Acabei fechado a segunda volta em 53min18 (5min03s) e, assim, a prova em 1h44m48s. Estourado, mas feliz. Recorde pessoal fulminado e com expectativa de melhora, já que a preparação e a condição física estão longe do ideal.

Vídeo da prova: http://www.youtube.com/watch?v=4NWBQYpgDxU