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sexta-feira, 13 de abril de 2012

Eppur si muove

Aí você tira férias mas ainda tem uns dias pra treinar, só que não sabe o que fazer. Bom, aí o negócio é fazer algo simplesmente para fazer algo. Assim dito, assim feito. Segunda-feira: 45 minutos de spin bike. Terça: de casa até o Ibirapuera, umas voltinhas por lá e voltar, fazendo 18km de Nike Free em 2 horas. Quarta: 45 minutos de bike no rolo. Quinta: 30 minutos em fartlek no Ibirapuera esturricando ao sol das 11 da manhã, para acompanhar a irmã e a esposa semi-sedentárias (6km de Nike Structure). 

sábado, 7 de abril de 2012

Os cacos

Depois da quebra na Golden Four, junto os cacos e toco em frente. A meta agora é não deixar a peteca cair demais durante as férias e iniciar o novo ciclo de treinamento sem estar no zero absoluto, ao mesmo tempo em que não posso deixar de descansar o corpo. Sinto o cansaço de ter tentado baixar o tempo na GF-BH mesmo não estando no "dia" pra isso. Na terça, apareci para dar uma rodada leve, mas junta fulano, aqui, cicrano ali, e treino coletivo lá, acabei fazendo uma bela sessão de força na rampinha do banheiro, educativos com medicine ball e muita risada... Depois, 40 minutos progressivos pra galera. Pra mim também seria, mas simplesmente busquei fazer um regenerativo leve, rodando entre 5min30 e 6min/km, e mesmo assim mais rápido do que deveria. No total, com o aquecimento, 08km, de Asics GT-2160.

Na quinta, uns intervalados que eu também fiz com meio pé no acelerador. Aquecimento de 2km e, depois, série composta por uma volta de 2,5km e 2 voltas de 900m, estas duas mais fortes, mas sem hiperventilar, sem ultrapassar o limiar anaeróbico. 13min15, 4min14 e 4min04, na primeira série, 13min20, 4min20 e 4min09 na segunda. E cansando, ainda pagando o preço da GF-BH. Em termos de ritmo e velocidade, não era pra cansar, era pra ser um belo treino médio, mas na prática deu até cãimbra... 11km no total, contando uma soltadinha no final, calçando o Nike Structure.

E o longão de sábado, no Ibirapuera porque havia a previsão de USP fechada (e não estava!!), eu planejei já começar a adaptação para o CCC, correndo num ritmo muito lento e por tempo. Era pra ser 2 horas rodando a tartarúguicos 7min/km. Mas é óbvio que não deixaram e inventaram uma rodagem a 5min/km, seguida de fartleks e o escambau. Bom, o pessoal saiu e eu fiquei tartarugando a 7min/km lá atrás .. depois entramos no fartlek (30 minutos na pista de cooper, com 2minutos fortes, 2 trotando e 1 caminhando, em 6 repetições) e eu até fiz os 2 minutos mais fortes, acompanhado da Luana e do Zizi, mesmo não dando tudo. Depois ainda teve rampa da Bienal (onde tartaruguei de novo) e o treino acabava com 1h30, pra quem fez direitinho. Eu resolvi não terminar aí e completar minhas 2 horinhas planejadas, fechando com 18km, o que dá quase o planejado (6min40/km). E assim começa abril...

Resumo do mês - março/2012

151km em 13 treinos e 12km em uma prova (Paranapiacaba) = 162km
4 séries de musculação

Uma quilometragem 50% maior que o mês passado, embora março seja um mês longo e fevereiro um mês curto e com feriado. Resultado refletido de forma boa e ruim ao mesmo tempo: ganho de performance, mas cheguei um pouco cansado para a prova-alvo, a Meia da Golden Four de BH. Acho que faltou dormir melhor (o que nem sempre foi possível, diante de idas e vindas ao hospital) e talvez não fazer a prova de Paranapiacaba. Mas não me arrependo, Paranapiacaba foi ótimo, divertido e fez um bem danado pra minha cabeça.

domingo, 1 de abril de 2012

Asics Golden Four BH 2012 . O recorde que não foi.

Primeira vez que ia correr em BH e aparentemente fiz tudo certo pra prova. Não esqueci nada na bagagem, o que por si só era um milagre. Mas sempre tem uma merda. No meu caso, deixei o Garmin ligado na mala e quando fui botar no pulso, ele ainda estava ligado com o alarme de "bateria fraca". Não ia durar 1km na prova, useless total! Mas o resto tava certo, roupa, tênis (Mizuno LSD), acordei com boa antecedência, café na medida certa, coisas devidamente eliminadas no banheiro, o negócio era o seguinte: matar ou morrer. Sairia pra baixar de 1h40 como plano A e baixar o meu tempo de 1h44 como plano B. Sem plano C. E nesse plano kamikase, se quebrasse, quebraria de verdade. Sem cronômetro, optei por seguir os pacers na marra.

Saí na baia do pessoal de 1h50, mas na frente via e alcancei rapidamente os pacers de 1h40. O ritmo era bom, forte, mas plenamente suportável. Danilo Balu tava junto ali, dando força, para ele era um ritmo de trote. Tanto era tranquilo que estava disfarçado de jogador de futebol. 

O problema é que o clima não estava do jeito que eu gosto. Senti o corpo esquentando demais, temperatura de 23, 24ºC, solzinho, e mesmo a hidratação perfeita não estava conseguindo baixar minha temperatura corporal. Senti que estava suando demais, e embora o ritmo não estivesse difícil e a respiração tranquila, tava fazendo cada vez mais força pra segui-los. No 6ºkm, tomei um gel e diminuí um pouquinho o ritmo, mas mantive o bonde da 1h40 na minha visão. E assim foi até o retorno do 10,5km. No 12km, no entanto, estava quebrado, lutando contra minha mente e minhas pernas que simplesmente se recusaram a continuar. O fim, estava oficialmente fora da 1h40. Pior, essa quebra quebrou também o plano B. Ainda tentei continuar levinho e pegar o bonde da 1h45. Quem sabe não conseguiria acelerar no final e baixar o meu tempo? Mas esse bonde informal, puxado pela Juliana Caixeta, passou por mim e eu não acompanhei 20 metros até andar de novo...

O negócio era simplesmente terminar a prova e me recolher à minha insignificância. Quebrei. Pensei se não deveria ter saído com um pace mais leve, de 4m55/km, pra depois pensar em acelerar, mas tava sem cronômetro e a opção pelo bonde mais forte foi quase impositiva. O fato é que arrisquei e deu errado. Poderia ter dado certo, mas não deu, paciência. Quando o bonde da 1h50 me alcançou, no 18ºkm, achei que seria ruim demais fechar acima de 1h50 e fui com eles. E cheguei a abrir um pouco no quilômetro final, fechando quase 1 minuto na frente deles.

Quando cheguei no hotel é que percebi que estava sem o chip. Perdi em algum momento na prova. Sob esse ponto de vista, até pensei que pelo menos não fiz uma prova sensacional que ficaria sem registro. Prova medíocre, sem registro, sem problema. Só que... horas depois, recebi um SMS da prova informando que meu tempo tinha sido 1h42m35s???? Como assim??? Recorde pessoal, se tivesse feito esse tempo. Só que não fiz!! Aí vi no blog Senta a Bota comentário do Nelton, dizendo que também perdeu o chip, mas percebeu e o pegou com a mão. E que viu diversos outros chips perdidos jogados no chão. Aparentemente o sistema utilizado para prender, com um plástiquinho encaixado, não deu certo. Como devem ter ocorrido muitos brancos nos registros dos corredores por causa disso, imagino que eles tenham pego a parcial (havia um tapete no 10ºkm e eu passei mais ou menos com 48 minutos) e estimado um tempo pros competidores. No meu caso, se seguisse no ritmo desejado, ia dar algo parecido mesmo, pelo plano B. Mas quebrei, então o resultado acabou sendo bem errado.


O problema é que outros corredores que perderam o chip devem ter tido um tempo estimado que pode não corresponder à realidade, o que tira um pouco a credibilidade do resultado. Pra mim acabou não fazendo a menor diferença, mas será que não fez para outras pessoas, considerando resultado de categoria, etc?

De qualquer forma, fora isso o evento foi sensacional. Muito bem organizado, tinha até lanchinho na hora de retirar o kit. Lembrei até do Júlio César, que vive a defender a Yescom e que num comentário sobre a São Silvestre chegou a dizer que um dos diferenciais da SS era o fato de ter ambulância até mesmo na retirada do kit. Uma coisa inútil e que não redime os graves erros da organização da SS. Mas que agora nem é mais diferencial, já que a Golden Four (que o mesmo Julio Cesar adora falar mal) também tinha ambulância na retirada do kit... além disso haviam palestras, medalha e camiseta são de primeira qualidade (não é isso que me faz querer fazer ou não uma prova, mas é impossível não notar a qualidade), hidratação perfeita, enfim, um baita cuidado com o corredor. A sensação é de que ali você é o cara, e não um boi no meio da boiada. Já tinha lido vários reviews positivos sobre a prova, mas agora, tendo a vivido, posso dizer que ela realmente é muito bem organizada mesmo.Só ficou faltando a minha parte. Mas mesmo assim eles corrigiram esse problema meu...


Molinho

Semana pré-prova é semana de alívio. E mesmo que não fosse, seria assim mesmo, dadas as complicações da vida pessoal. Deu pra correr duas vezes, na terça e na quinta. E mesmo assim, o de quinta foi "meio-treino", já que tive que sair rapidinho pra ir pro hospital buscar minha mãe. Na terça, aquecimento de 2km, e 3 séries de 2km ritmados entremeados com um tiro forte de 900m. Deu pra fazer quase tudo com a Edith, mas no último tiro a mulher sumiu na minha frente. Acelerou pra fazer o tiro a 3m45, enquanto eu me arrastava a 4m15. Por fim, uma rodada de 1,5km e 12,5km no total, de Asics GT-2160. E na quinta, com o tempo limitado, fiz uns tirinhos curtos na esteira. 5 tiros de 400m, com 400m de descanso rodando leve. Depois, 5 tiros de 200m, com o mesmo descanso. 7km de Mizuno LSD. Apesar do pouco treino, me senti um pouco cansado...