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quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Maratona de Porto Alegre 2024

4h31m28s em um ritmo bem constante. Lento, mas constante. A ideia era não sofrer muito, já que a preparação não foi das melhores, não perdi muito peso, não cheguei em grandes condições físicas e, além disso, a prova rolaria em condições climáticas bem desfavoráveis.

Pois é, a Maratona de Porto Alegre, que geralmente oferece um clima beeem frio em junho, gostoso para correr, desta vez seria realizada em um dos setembros mais quentes da história, em um ano terrível para o clima, com a tragédia da inundação em praticamente todo o Rio Grande do Sul no primeiro semestre - o que causou o adiamento da prova - e agora um calor muito forte no inicio do segundo semestre.

Mas essa seria uma prova de redenção, de ressureição, de recuperação e de resiliência do povo gaúcho. Ainda há marcas muito visíveis da tragédia, desde a dificuldade com vôos, já que o Aeroporto Salgado Filho ainda estava fechado em setembro, como muita gente que perdeu a casa e ainda está nas ruas, dependendo da ajuda comunitária para ter o que comer. E as marcas nas paredes de vários prédios mostram o nível absurdo que as águas alcançaram.

Mas na hora da prova a única água que tinha era a dos postos de hidratação. Aliás, sempre gelada, uma prova da manutenção de outra tradição da prova, a boa organização. Mais do que necessário, já que o céu azul, o sol queimando e a largada um pouco tarde (em junho, largar às 07h00 é ótimo, mas em setembro não), que a organização não conseguiu antecipar com os órgãos públicos, seriam prenúncios de uma prova difícil para muita gente.

Mas antes disso, tem que registrar mais uma vez a bela Expo da Maratona, cada vez maior, cada vez com mais expositores, sempre bem organizada e bonita. E o fato de as provas mais curtas se realizarem no sábado, deixando só a maratona para o Domingo, acabam proporcionando um melhor fluxo de pessoas, minimizando horários de muito acúmulo de gente e ainda ajudando os expositores a vender, até mesmo porque muitos dos atletas que completam essas distâncias mais curtas podem ir à Expo depois de terem terminado sua prova e continuar comprando produtos, visitando estandes e, por que não, encontrar amigos, influencers e pessoas conhecidas das corridas.

E vamos à prova. A estratégia era correr no ritmo que costumo correr quando estou quebrado. Assim, se efetivamente quebrasse, não mudaria muita coisa, o que na verdade seria até uma contradição. O fato é que correr devagar seria um plano de corrida mais honesto com minhas condições, com expectativa de ser mais tranquilo para o pós-prova e ainda uma possibilidade de conversar com os amigos corredores, já que os bpm estariam baixos. O Sérgio Rocha também correria devagar, já que tinha feito a Maratona de Buenos Aires na semana anterior, estando desgastado, assim como o Mayco. 

Porém, o Mayco optou por largar sozinho. Sem problemas, seguimos eu e Sérgio por 27km naquela toada tranquilinha, muitas vezes acompanhados de outros amigos, como o Jorge Bigodón, o Gabriel, que tem o desafio de fazer 100 maratonas no ano (Porto Alegre seria a sua 79ª) e outros corredores que ora se integravam ao pequeno pelotão, ora seguiam em seu próprio ritmo.



Lá pelo km 26, toca o meu telefone, um amigo do futevolei me liga para falar algo. O ritmo tava tão tranquilo que eu atendo e continuo a conversa por alguns minutos... mas logo depois o Sérgio Rocha começa a diminuir o ritmo. Felizmente, outros colegas aparecem para ajudar a passar mais rapidamente esses ensolarados quilômetros finais, como é o caso do Stéfano, estreante em maratonas. Lá pelo km 34 a prova passa e entra no Mercado Central de Porto Alegre, um dos pontos mais atingidos pelas cheias e que voltou a funcionar normalmente, mostrando a resistência do povo gaúcho. Foi um momento alto da prova, empolgante, onde sem querer eu até acelerei um pouco. O problema é a "volta à realidade" ao sair do Mercado e pegar aquele sol insano, já perto das 11h00, na região do Gasômetro...





Dali em diante acabei fazendo a prova sozinho mesmo. Mas dentro de um cansaço normal, sem sofrimento adicional. No km41, vejo o Marcel Pasteleiro fazendo festa, abraço o Tauro Bonorino que apoiava uma atleta e logo depois termino a prova, feliz por manter o ritmo, feliz por não ter quebrado, feliz pelo povo gaúcho. O tempo ali era só um detalhe. E o pós-prova estava garantido com saúde e disposição, mas isso acabou se tornando uma outra história...






Resumo do mês - setembro/2024

192,4km em 16 treinos e uma Maatona de Porto Alegre

4 séries de fortalecimento

8hs de futevolei 

7,6km pedalando pro trabalho


01 - off

02 - 10,2km com subidas, de Mizuno Sonic

03 - 4,8km aquecendo + fortalecimento, de Mizuno Sonic, + 7,6km pedalando pro trabalho e voltando

04 - 8,5km com 6 x 2min/45seg, de Fila KR6 + 2hs de futevolei

05 - 4,8km aquecendo, de Saucony Type A + fortalecimento

06 - off

07 - Longo 28km, de Saucony Kinvara Pro

08 - off

09 - 9,2km levinho, no Parque da Independência, num calor do cão, de Skechers Razor Elite

10 - 1,6km aquecendo, de Saucony Type A + fortalecimento

11 - 9,4km em 1h leve, de Fila KR6 + 2hs de futevolei

12 - Fortalecimento + 1,5km rodado e interrompido , de Nike Invincible

13 - off

14 - 24km controlando BPM baixo (136bpm de média), de NB SC Trainer

15 - off

16 - 2km aq + 7km de tempo run (33m53 - 4m50/km) na esteira + 1,8km desaq. 10,8km, de Skechers Razor Elite

17 - 1,6km aq, de Fila KR6 + fortalecimento

18 - 9,7km em 1h rodada, de Olympikus Corre 4 + 2hs de futevolei

19 - 10,3km em 60 min (eram 40, encompridei), de NB SC Trainer

20 a 22 - viagem em família - off

23 - 50min leve, 7,8km, de Olympikus Corre 4

24 - off

25 - 8km soltinhoem 50 minutos, de Olympikus Corre 4 + 2hs de futevolei

26 a 28 - off

29 - Maratona de Porto Alegre: 4h31min28s, de Adidas Adios Pro 3

30 - off