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sábado, 28 de agosto de 2010

32k de sofrimento

Apesar de me sentir debilitado por causa do antibiótico, essa semana foi bem puxada em relação a treinos. Faltou um treino de musculação, mas que foi devidamente trocado pelo simulado nas escadas. Nos treinos de corrida da semana, cansaço total, mas fui. E o longão de 32km, como seria?

Logo na saída já percebi como seria: difícil, muito difícil. Nesse primeiro pico de treinos longos, tô correndo pelos batimentos, independentemente da velocidade, para construir resistência sem desgaste. E logo que saí, deu pra perceber que o treino seria longo. 6min/km para 150bpm, mais lento do que nas semanas anteriores. Mas pior do que isso era a sensação de cansaço. Lógico que o ergoespiro de madrugada na sexta e o treino na escada não ajudaram muito a me sentir descansado, mas tava pior que eu imaginava. 4 voltas de 08k na USP e no final da primeira eu quase parei e desisti. Insisti por pura marra. Além disso, doíam as pernas, as canelas... ainda tava bom pra correr, 14ºC.

Na segunda volta, comecei a sentira endorfina e melhorou um pouco a sensação. O ritmo continuava lento, talvez caindo para uns 5min55/km, mas alguams distrações, como ter encontrado o Rodrigo Fonseca, participante do blog Correria, na subida do Cavalo, e o Luis Miyashita, velho companheiro de corridas de Amsterdã, ajudaram a passar o tempo. A terceira volta deve ter sido a melhor, me sentia um pouco menos travado, embora continuasse lento, na casa dos 5min50/km para o mesmo ritmo de bpm. Mas o sol tava brilhando, a temperatura subindo e o ar secando...

Achei que a quarta e última seria melhor, mas quando bati os 26km começou a dar um megacansaço. Nos 28km só não dava pra desistir porque tava longe pra caralho da tenda da equipe, do outro lado da USP. Ia ter que chegar lá de qualquer jeito mesmo, então que fosse o mais rápido possível. Os bpm já tinham ido pro saco, não controlava nem o movimento dos braços, quanto mais o ritmo cardíaco... nem o tradicional sprint de final de treino eu consegui fazer. Terminei como a Grabrielle Scheiss-Andersen na Maratona olímpica de Los Angeles, cambaleando...

Estranhamente, rapidamente me recuperei em relação a disposição. Achei que fosse ficar com uma mega-ressaca do treino, mas o cansaço só aparece quando eu faço esforço físico. Lógico, tá tudo dolorido e eu nem sei como vou subir 765  degraus amanhã, já que subir uma guia de calçada, hoje, tá difícil...

Mas, ok, 32k pra conta, de Saucony Glide e meião de compressão. Que não deu absolutamente nada de bolha, zero total, nem um vermelhinho na sola do pé!!!

2 comentários:

Yeda disse...

Nishi, cuidado com a desidratação...eu fui tomar soro numa ambulância no km 32 da maratona de SP no ano passado, por causa de uma sinusite... Tive desidratação profunda.

Ricardo Nishizaki disse...

Valeu, Yeda!! Mas não era desidratação não, era organismo debilitado mesmo. Durante o treino tomei bastante água (foi pelo menos 1,5 litro) e... bom, dei umas passadas no banheiro durante o treino e "monitorei" cromatograficamente minha desidratação (mijo branquinho, em bom português, rs...)

Pois é, eu também já tenho uma experiência meio ruim com desidratação, embora não tão ruim como a sua. Foi na maratona de Floripa do ano passado quando simplesmente faltou água! Ali eu decidi que, se puder, jamais ficarei desidratado porque é muuuuito ruim!!