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domingo, 27 de março de 2011

12 km de Paranapiacaba

Fog. Neblina em que não se vê um palmo além do nariz. Isso é Paranapiacaba, alto da Serra do Mar, ponto onde as nuvens encontram as montanhas, se acumulam e ficam lá paradas, decidindo se chovem ou sobem até o Planalto. Paranapiacaba também deve ser o lugar mais úmido do Brasil, uns 200% de umidade relativa.

Lá rolou a primeira etapa do Circuito de Corridas de Montanha. As informações eram desencontradas. Alguns diziam que essa é a etapa mais difícil, outros, que é a mais fácil. Talvez não exista resposta. Mesmo assim, a prova estava lotada, 600 pessoas loucas para um programa de índio. E diante do matagal onde a gente se meteu, isso não era uma mera expressão. Na largada, até mesmo o internacional Roberto Shigueo, diretamente dos EUA só para fazer a prova!

A equipe tava presente com muita gente. Tanta que eu nem me arrisco a citar todos. Mas Brunetti, Edith, Cassiano, Ana Miriam, Márcia, Pastor, Ricardinho, Laura, Isabel, Priscila, Jeane, Guedes, Bia, Alê, Giglio, Fred, Hugo, Fernando, Dalva, Wilsinho e o técnico Paulinho estavam lá, laranjando a prova. 

A largada foi nesse clima de "não vejo porra nenhuma". Mas a gente saiu da Vila e pegou uma estrada de terra em subida que tava tranquila. Errou quem achou que a prova seria assim. Depois de 1,5km mais ou menos, um desvio direto pro meio do mato. Trilha fechada, single track mesmo, cheia de troncos em cima e em baixo. E o piso que ora era escorregadio, ora era liso. Só não dava para deslizar nos poços de lama, onde o pé ia lá dentro na lama, às vezes levando perna, joelho e coxa juntos. Ainda bem que para limpar a lama tinha uns riozinhos no caminho, uns 4. Desce barranco, entra no rio de água barrenta, sobe barranco e single track de novo. Rotina só quebrada na hora em que a corrida não atravessava o rio, mas era no próprio rio. Água que chegou à altura da cintura, um trecho curto de uns 60, 80 metros, perfeito para um mergulho barrento. Sobe barranco, mais single track e um paredão para escalar. Uma cachoeira que teríamos que escalar pra chegar na trilha do motocross. Aí o problema era a estrada de barro vermelho, também liso, molhado, e cheio de vossorocas e valões. 

E lógico, em subida, subida, subida... mas a subida era menos perigosa que a descida, onde o risco de escorregar era uma desgraça. No final da prova, um estradão de terra e pedras, prontas pra te fazer torcer o tornozelo. Como aconteceu comigo, auaiaiauaiaui! Mas deu pra chegar correndo, sprintando. E sujo, muito sujo...

1h39m39s. Para efeito de comparação, a outra corrida de montanha que eu fiz, também de 12k, terminou em 1h23m. Acho que essa era a etapa mais dura mesmo...

Um comentário:

Anônimo disse...

Valeu pela menção. Pena que quando te encontrei antes da peleja, já estava sem a máquina fotográfica. Não foi dessa vez que deu pra registrar nosso encontro.

Tempinho bom que vc fez hein! Quem me dera... Tô vendo que estou mesmo para Ukio Katagrama, comparado contigo hehe.

Imagino que vc já esteja além-mar. Bom turismo!

Abs,
Shigueo