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terça-feira, 19 de dezembro de 2023

Quase Maratona de Sorocaba!

E após uma desistência por conta daquela zona que foi a pandemia, eu finalmente iria para a Maratona de Sorocaba. A escolha foi mesmo pela data e possibilidade, afinal a pubalgia que me atacou no segundo semestre me deixou com pouca margem de escolha para data, precisava de uma prova bem no final do semestre para ter tempo de recuperaçãoe treino. E a possibilidade é porque a vida está bem atribulada com o molequinho de 5 anos aprontando todas, viajando muito e demandando bastante de seus papais.

Poderia ter ido para Curitiba, mas como eu já corri por lá, escolhi Sorocaba para fazer uma prova nova, diferente, além de ter uma logística ainda mais simples, por estar a 100km de São Paulo. No entanto, o problema esperado seria o calor que faz por lá. Ao menos o trajeto tinha sida alterado no ano anterior e estava muito plano. Como diria o Dalton, a Maratona de Sorocaba é mais plana que Berlim e mais fria que Manaus...

Retirei meu kit na Decathlon, em um procedimento bem simples. Fui alguns dias antes, mas nem precisaria, já que a organização, atenta à presença de muitos corredores de fora da cidade, disponibilizou a possibilidade de retirada do kit até mesmo no dia da prova, bem cedo. Aliás, por causa do calor, bem cedo era uma boa definição para a prova: com largada marcada para 5h00, havia até um trailer com café da manhã para os corredores que aparecessem por lá mais cedo.

E ao contrário do esperado, a temperatura no dia da prova estava bem amena para esse verão assustador que tá fazendo no Brasil. Durante a prova não deve ter passado dos 22 graus e a cidade só esquentou mesmo por volta do meio-dia e, mesmo assim, nada absurdo, uns 25 graus. A previsão de uma prova plana realmente se confirmou, boa parte do trajeto era feito em uma avenida margeando um rio, super plano. A arena de largada estava legal, reencontrei amigos, a organização parecia ter feito um bom trabalho, realmente.

O meu problema pessoal, basicamente, era não ter conseguido fazer cocô na manhã/madrugada. O meu corpo e meu intestino não estavam programados para trabalhar tão cedo e fiquei com a sensação de que ia dar (literalmente) merda durante a prova. E, de fato, em alguns momentos senti um pesinho e a possibilidade de ter que parar, mas acabei fazendo a prova inteira sem realmente precisar ir ao banheiro. Não foi exatamente bom porque ficava o tempo inteiro pensando nisso, o que certamente tirou minha concentração durante a prova.

Na corrida em si, sabendo que a preparação não tinha sido ideal e com um certo medo de esquentar durante a prova, imprimi um ritmo mais ou menos conservador, na casa de 5m30/km. A prova ia e voltava naquela avenida do rio, dando uma volta longa (21,1km) e 2 voltas curtas (10,5km). Pelo menos essa era a previsão. Na prática não foi bem assim...

Esse modelo acabou sendo estranho porque em algum momento os corredores da maratona acabavam encontrando os da meia-maratona, que largou mais tarde, e também os dos 10km, que largaram ainda mais tarde. Isso resultou em vários momentos de trânsito durante a prova. Mais ainda, encontrávamos os corredores de elite das diversas distâncias. Para quem corria devagar como eu, não tinha tanto problema, mas a elite deve ter sofrido com o trânsito imprevisto durante a prova.

A partir do km 34 acabei dando uma bela quebrada e comecei a fazer conta para terminar abaixo de 4 horas. E fui moldando o ritmo com base nisso, cainda para 6min/km, depois para 6m30/km... e sofrendo um pouco nisso, mas sem fazer uma força absurda para continuar se mexendo. Apesar do tempo em minutos, cada quilômetro parecia demorar uma semana para ser superado, mas fui indo. Só tava achando um pouco estranha a marcação de quilometragem no GPS, especialmente porque já passando pelo mesmo lugar pela terceira vez. 

E de repente a estranheza se confirmou, ao entrar na avenida final, do pórtico de chegada, ainda com 40km e uns quebrados apontando no GPS. A prova acabou... antes?? Cruzei a linha de chegada com 41,1km e 3h52 no relógio. Baseando-me nessa toada do GPS, iria finalizar os 42,2km oficiais de uma maratona bem próximo das 4hs, mas a prova acabou antes mesmo!! Será que eu tinha errado um retorno? O que rolou? De qualquer forma, de uma certa forma estava até feliz por acabar antes, já que tava quebradinho, quebradinho...

Encontrei a galera na chegada e a impressão se confirmou: a prova foi mais curta mesmo!!! Como pode? Tudo tão redondinho e um erro grotesco desses? O que rolou??? Depois, com a repercussão, o que se constatou é que em uma avenida o retorno foi colocado uns 300/400 metros antes do previsto. Como a maratona passava 3 vezes por esse lugar, a distorção acabou sendo multiplicada por 3. Daí o erro tão grande!

Uma pena que uma prova que tava certinha tenha falhado em um ponto tão importante como esse!! Um erro imperdoável, que pode ter prejudicado muita gente, especialmente quem usou a prova para fazer índices ou mesmo quem poderia ter obtido um recorde pessoal nela. 

Para mim, embora tenha o sabor da frustração de não ter corrido os 42,2km, não foi nada demais. Até foi um alívio na hora. Depois, é lógico, fica um sabor meio amargo, mas a prova não significou tanto para mim além de uma superação pessoal após um período de treino bem ruim. Esperamos que no ano que vem a organização fique mais atenta a isso!









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