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terça-feira, 6 de agosto de 2024

SP City Half Marathon 2024

A SP City é uma das melhores maratonas da América do Sul e uma das melhores provas de São Paulo e para os paulistanos, como eu, é uma prova quase obrigatória. Eu não participei da primeira edição, em 2016, mas estava assistindo na esquina da Brigadeiro com a Paulista. Depois, corri em 2017, 2018, 2019 e 2022. Em 2023 também não corri a prova, mas também fui vê-la no km 41, ali na esquininha do Jockey. E em 2024 eu me inscrevi na semana da prova. Só não sabia se ia para a maratona completa ou se ia para a meia, mas na hora H fiz uma escolha mais consciente e escolhi a meia. 

Na verdade a escolha consciente também tinha relação com um churrasco que teria no sábado, véspera de prova... e agora, vendo tudo em retrospectiva, realmente fiz uma uma boa escolha. O churrasco foi aquele dos bons, começou às 14h00 e eu fui embora meia-noite, no auge da festa, para conseguir dormir um mínimo de horas antes da prova...

4 horas depois, 04h00, estava lá eu, acordando, bucho ainda cheio de tanta carne, mijando pra caramba de tanta cerveja sem álcool (pelo menos nisso eu segurei a onde), com um sono do cão, para tentar correr alguma coisa. Seriam longos 21km... em condições normais, daria para fazer uma prova razoável, já que estava com um volume de treino adequado, já tinha feito uma boa Nike Run, embora com alguns quilinhos a mais (o churrasco não ajudou nisso). Mas daquele jeito, a ideia era só rodar tranquilo. E torcer para não dar ruim.

Vale destacar a retirada do kit, sempre no Transamerica Expo, um lugar distante e com estacionamento absurdamente caro, mas que tem acesso razoavelmente próximo por metro e trem (cerca de 1km das estações), e que é bem espaçoso, propício para uma boa estrutura para os expositores e para a própria Iguana montar os estandes de retirada de kit, além dela própria montar a sua loja de produtos. E falando em expositores, a Expo atraiu bastante gente. A loja da Velocitá estava lotada, mesmo no horário em que fui, um dos mais vazios. As lojas dos amigos do Mania de Corrida e Canal Corredores também estavam movimentadas, havia opções de comida com vários food trucks, estamos longe de uma major marathon, obviamente, mas nossas Expos estão ficando cada vez melhores.

A edição deste ano bateu recorde de inscritos, cerca de 20.000. Completantes, segundo o site, foram 12836 na meia maratona e 4691 na maratona, totalizando 17.527 concluintes nas duas provas. E isso se refletiu na arena de largada no Pacaembu, tomada de gente!! Para minha felicidade tinha banheiro químico em abundância e bastante espaço para circular. A largada seria em ondas, com uma diferença de 5 minutos entre as largadas de cada baia e ocuparia as duas pistas da Pacaembu, para tentar dar um pouco de fluidez para tanta gente. E o objetivo foi parcialmente cumprido. 

Apesar das divisões de baias por tempo esperado para a prova, ficou claro para mim, que larguei na baia D, com previsão de ritmo de 5m30 a 6m00/km, ou seja, um ritmo que já não é dos mais rápidos, que muita gente mais lenta largou em baias à frente, seja indicando um tempo irreal na inscrição, seja entrando na baia errada mesmo na arena da largada. 

Mesmo com essa largada pelas duas pistas da Pacaembu, não teve como dispersar por completo a multidão e mais à frente, em vias mais estreitas, foi difícil manter o ritmo. O contorno das ruas Margarida e Marta, na Barra Funda, para pegar o Minhocão, tava completamente tomado, e mesmo no próprio Minhocão tava difícil manter um ritmo. Para ser bem sincero, eu só senti um espaço maior para correr na região da Ipiranga e Praça da Repúblico, já no km 06. Daí em diante, a multidão já tinha se dispersado o suficiente para correr mais livre.

Após uma paradinha rápida logo nos 500m de prova, atrás de um caminhãozinho, para eliminar cerveja sem álcool, eu aguentei firme com meu intestino até o km 15. A subida da 23 de maio foi feita num ritmo bem lento, e a descida em direção ao Ibirapuera também... quanto mais balançava, pior ficava. Mas ao chegar ao Ibirapuera, as esperanças de um descarte adequado se renovaram e no km 15, na entrada para a JK, também tinha uma entrada para o parque com um banheiro de verdade bem próximo, a uns 200m do portão. E ali eu me livrei de boa parte do peso que me afligia, embora tenha perdido muitos minutos eliminando o fluxo. Pelo menos foi um banheiro de verdade, limpo, com muito papel higiênico, pia para lavar as mãos.

Daí em diante voltei para a prova em um ritmo mais rápido. Para quem vinha acima dos 6min/km (seja por causa da multidão, seja por causa do intestino onde dava para correr melhor), voltar a uns 5min20/km foi um alívio. E assim terminei a prova, inteirão, tranquilo. O tempo de conclusão foi horrível por conta desses primeiros 15km (2h11), mas tudo bem, não teve vexame.

Segurando o intestino descendo a 23 de maio...

E terminada a meia, deu tempo de uma resenhazinha na arena da prova (com muita gente também, mas com um fluxo e espaço adequados) e depois ir até o km 41 para incentivar os maratonistas que começavam a chegar e fazer festa. E outro ponto positivo é que, cada vez mais, as pessoas estão indo às ruas para torcer pelos corredores. Vi isso em vários pontos da prova e o km 41 é quase uma subida do Tour de France, com muita gente torcendo e até estreitando a pista para fazer festa. Ali vi muitos amigos e dentre os completantes, o Junior Double Marathon, que completava a sua 100ª Maratona correndo... 100km (ele correu 58km antes da prova oficial e depois foi pra prova com os amigos!)
 
Ali com o Juninho eu já tava com a minha medalha!!

Enfim, mais uma bela prova. O que precisa ser feito agora é a adaptação para um número tão grande de corredores. A estrutura atual já se mostra insuficiente para tanta gente e algumas alterações, especialmente na largada, terão que ser feitas para comportar todo mundo sem frustração na experiência de prova. Mas é claro que a Iguana parece estar atenta a isso e esperamos que promova essas adequações para que a SP City continue sendo essa prova grandiosa!

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