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domingo, 21 de fevereiro de 2010

GP Ravelli MTB - 1º etapa 2010

Pós-treino de sábado doloroso, cansaço geral, desânimo e eu pensando à noite: será que eu vou pra Itu fazer o Ravelli? Pô, primeira prova de MTB e eu em condições lastimáveis. Mas uma noitezinha de sono bastou pra acordar muito mais bem disposto, embora longe de estar 100%. E ainda tinha que dirigir até Itu...

Eu me inscrevi por impulso no último dia de inscrições. Ainda fui menos desajuizado e me inscrevi na categoria Sport, em que só cobriríamos 25km (a Pró tem 48km) Afinal de contas, eu não tinha a mínima idéia de como era uma prova de ciclismo. E a categoria Sport, justamente por ser indicada para iniciantes, seria um lugar bom pra não passar vergonha. Além disso, como é que eu, que tinha pedalado 3 vezes na minha vida toda, ia inventar de fazer uma prova de MTB de 48km?

E 25km já foi bastante. Um sol do cão na moleira, alguns problemas de organização (eles ficaram devendo a camiseta da prova para um monte de gente, inclusive eu), talvez justificados pelo enorme número de inscritos: mil. Eu não sabia que poderia ter tanta gente assim numa prova de bike!! O duro é alinhar essa galera toda. E o pessoal derretendo no sol até a largada.

Saímos no asfalto, encaramos uma descidinha rápida, mas um quilômetro depois já veio terra e morro. Umas subidinhas leves, pra ser sincero, nada que assustasse um ciclista mais experiente, mas eu, que nem sabia trocar marcha, fiquei penando ali pra achar a cadência e a marcha certa. Mas o bom de ter saído bem devagar foi o fato de ter ultrapassado um milhão de ciclistas. O ruim é que a falta de experiência me fazia ficar um pouco pra trás nas descidas e ter uma pouco mais de dificuldade nas ultrapassagens, especialmente em trechos mais estreitos, onde a estrada de terra não estava tão uniforme. Mas a prova, no geral, não foi puxada, exceto o calor. Nenhuma subida de assustar ou de fazer desmontar da bike. Uns três ou quatro trechos de lama empoçada, mas sempre no plano, sem dificuldade, só sujeira. Barro pra tudo quanto é lado!

Mas é lógico que apesar de ter achado fácil, eu caí. Só que a culpa não foi minha (ou toda minha). É que em uma das subidas mais fortes, eu tentei passar do volante médio pro volantinho e a corrente soltou. Resultado: tombo! Pelo menos sou constante: ralei o joelho exatamente onde já tinha ralado antes.

No final, provei que eu sou mesmo é corredor. Nas curvinhas finais, eu vinha no pau, na marcha mais pesada e quando entrei nas últimas curvinhas em descida pra depois subir, passei marcha mais leve quando, de novo, a corrente soltou. Eram uns 50 metros que faltavam pra chegada. Oras, peguei a bike no muque e cruzei a linha de chegada com ela nos braços... mais fácil do que tentar colocar corrente de novo, pô!

No final, deu mais ou menos (a confirmar, porque eu esqueci de travar o cronômetro na chegada) 1h25m11s para os 25km, 70º na categoria (entre 125). Lógico que cheguei cansado, mas longe de estar exausto. A sensação era a de ter terminado uma corrida de 10km. E devo dizer que foi muito gostoso, curti pra caramba esse negócio de MTB sem ups e downhills violentos.

2 comentários:

Anônimo disse...

Tomou gosto pela coisa?
Eu tô pra assistir uma dessas provas pra ver se me animo apesar que minha única lesão veio por causa de um tombo na bike.
Qdo é a próxima etapa?
Abs,
Shigueo

Ricardo Nishizaki disse...

Pois é, eu preciso aprender a andar de bike, por conta de uma prova de aventura que vou fazer em maio...

Pior é que é gostoso! Nunca andei de speed, mas um pouco da minha reticência a bikes vem do pessoal que anda de speed, sempre com cara de mau, sempre em pelotões monstro, e sempre que rola queda, rola boliche, me dava medo. Na MTB isso é bem menos pronunciado, pelo que percebi. A velocidade é menor e a postura na bike é mais confortavel. E mato é mais legal que asfalto. O bom é que eu também começo a perder o medo de usar sapatilha presa no pedal.

Pior é que deu até vontade de andar de speed também... a bike é um ótimo complemento para corrida.